O Presidente da República afirmou sexta-feira, num encontro com economistas, que “o pós-troika” é uma questão importante, “seja qual for o Governo que estiver em funções em junho de 2014.”
O Presidente da República, Cavaco Silva, defendeu ontem que o período pós-troika é da maior importância, independentemente do Governo que estiver em funções, sublinhando o regresso aos mercados e as condições de financiamento.
“A reflexão sobre a questão do pós-troika é de grande importância para o nosso futuro coletivo, seja qual for o Governo que estiver em funções em junho de 2014”, declarou Cavaco Silva no Palácio de Belém, durante a abertura do encontro “Portugal no período pós troika”, que reúne 36 economistas.
Segundo o chefe de Estado, as condições políticas são decisivas, podendo influenciar o programa de ajustamento, que se espera ter nota positiva.
“Se Portugal encerrar o atual programa de ajustamento com avaliação positiva das instituições internacionais isso implica a dependência dos mercados e dos investidores para as nossas necessidades de financiamento externo”, acrescentou Cavaco Silva, reiterando que a estabilidade política é essencial para o regresso aos mercados.
Cavaco Silva frisou ainda que Portugal terá um encargo médio anual de juros e amortizações de dívida de cerca de 18 mil milhões de euros, no final do programa de assistência económica e financeira.
“Em 2014, Portugal terá de reembolsar obrigações do tesouro no total de 14 mil milhões de euros e em outubro de 2015 vence uma outra de 14 mil milhões de euros. Em média o encargo anual com juros e amortizações de dívida a partir de 2014 não será muito”, disse.
O encontro conta com a presença de vários economistas de universidades portuguesas, de empresas e da Comissão Europeia e terá intervenções iniciais do governador do Banco de Portugal, Carlos Costa, e do diretor-geral para os Assuntos Económicos e Financeiros da Comissão Europeia, Marco Buti.
Maria Teresa S. Aleixo liked this on Facebook.