Chamas obrigaram à retirada de 18 pessoas em Monchique durante a noite

O incêndio que lavra em Odemira chegou aos concelhos de Aljezur e Monchique

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O incêndio que lavra em Odemira entrou ao final da tarde de segunda-feira, dia 7, na zona norte do concelho de Monchique, obrigando à retirada de 18 pessoas das suas casas e de uma unidade de turismo rural.

Paulo Alves, presidente do município, adiantou esta terça-feira que as pessoas foram levadas para a zona de atendimento à população instalada na Escola Manuel Nascimento, em Monchique.

“Ainda estão lá algumas, mas as pessoas que estavam no turismo rural já saíram”, adiantou, acrescentando que a unidade turística onde estavam alojadas algumas pessoas se situa na zona da Foz do Besteiro.

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Segundo o autarca, o fogo, que deflagrou no sábado no concelho de Odemira (distrito alentejano de Beja), entrou ao final da tarde na zona de Alcanforado, na freguesia de Marmelete, numa zona de confluência entre os concelhos de Odemira, Aljezur e Monchique.

“O vento predominante era de sueste, mas rodou, provocando projeções que formaram uma frente de fogo que se desenvolveu em direção a Marmelete. Foi combatida durante a noite pelos bombeiros e máquinas de rasto”, descreveu.

De acordo com Paulo Alves, a grande humidade noturna que se fez sentir na zona ajudou no combate ao fogo, embora às 10h00 o presidente daquela autarquia ainda não conseguisse atualizar o ponto de situação.

O trabalho efetuado durante a noite no combate ao fogo rural permitiu uma “estabilização do perímetro do incêndio”, mas há ainda dois pontos críticos a motivar preocupação, segundo a Proteção Civil.

“Mantemos dois pontos críticos: um a norte, na zona de Delfeira, que inspira muita preocupação, e também a sul, na frente virada a Monchique”, disse o comandante regional de Emergência e Proteção Civil do Alentejo, José Ribeiro, num ponto de situação aos jornalistas cerca das 09h30, no posto de comando em São Teotónio, freguesia onde o fogo teve início, na zona de Baiona.

José Ribeiro referiu que, depois de as operações terem tido como prioridade a defesa das populações – a GNR já deslocou por precaução 1.438 cidadãos -, houve um ajuste do plano estratégico e “os trabalhos do dia de hoje vão estar mais focados na supressão do próprio incêndio”.

O número de pessoas assistidas pelo Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) neste fogo subiu para 40, nomeadamente 28 bombeiros, quatro agentes de proteção civil e oito civis, sobretudo por cansaço.

Quanto às estradas que têm a circulação condicionada, o comandante regional precisou que a situação se mantém em relação a segunda-feira. Ou seja, estão cortadas ao trânsito a Estrada Nacional (EN) 120, entre São Teotónio e Odeceixe, no concelho vizinho de Aljezur, e as municipais 501, 1186, 1001.

O incêndio rural numa área de mato e pinhal já entrou por algumas vezes no Algarve desde sábado, dia 5, tendo na tarde de segunda-feira rodeado o centro de Odeceixe.

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