Cinema: “Mudar de Vida, José Mário Branco, Vida e Obra” será apresentado em Faro

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A Delegação Regional da Cultura do Algarve e o Cine-Clube de Faro programaram para o próximo sábado a exibição do filme “Mudar de Vida, José Mário Branco, Vida e Obra”, da autoria de Nelson Guerreiro e Pedro Fidalgo.

A exibição terá lugar na livraria Pátio de Letras, pelas 21h30, e será precedida de um breve apontamento de António Branco, actual reitor da Universidade do Algarve e sobrinho de José Mário Branco. No final da exibição haverá ainda lugar para uma breve troca de impressões com Nelson Guerreiro.

José Mário Branco é um dos maiores nomes da música portuguesa surgidos na década de 70. Muitas vezes associado “à música de protesto”, continua hoje a fazer a sua solid(t)ária travessia musical com uma esperança muito própria.

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“Sou o Zé Mário Branco, do Porto, muito mais vivo que morto, contai com isto de mim para cantar e para o resto”, disse José Mário Branco, voz radical e singular no panorama português. Continua, desde há 40 anos, a denunciar e a acreditar que é possível realizar a mudança, aquela grande mudança que faz transformar o Mundo e a vida numa coisa melhor.

“Mudar de Vida” é um filme que começou em abril de 2005 quando o cantautor português José Mário Branco foi ao Teatro Municipal da Guarda apresentar o seu último disco, “Resistir é Vencer”.

“Sereno e radical, recebeu-nos no ensaio do concerto nessa noite, trocámos ideias, impressões, a aventura do filme estava a esboçar-se. Ao ouvir as suas canções, começámos por reaprender a História”, explicam os autores.

O Zé Mário foi um dos cantores mais activos surgido em finais da década de 60, seguindo os passos do pai deste movimento, Zeca Afonso, fazendo da música de protesto um dos marcos mais importantes na arte e cultura portuguesa do século XX, quer pela sua acção quer pelo seu efeito. Oiça-se o protesto levado ao extremo no tema “F.M.I.”, uma espécie de canção maldita para os portugueses, um tema sobre uma geração e uma época (proibida de tocar nas rádios por ordem expressa do autor) que viria a tornar-se numa referência de culto, mesmo para as gerações posteriores.

As suas canções escritas há mais de 40 anos não perderam a actualidade, confirmando a intemporalidade do seu génio poético e musical. Reinventa a música portuguesa explorando géneros que vão desde o Fado ao RAP.

Viveu o Maio de 68 em Paris e intensamente o PREC (Período Revolucionário Em Curso), acontecimentos que o marcaram para a vida.

Desde o “Mudam-se os Tempos, Mudam-se as Vontades” até ao rap-fleuve “Mudar de Vida”, persiste o desejo de mudança: “É preciso procurar outra coisa”.

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