Contratação de Nuno Santos divide administração da RTP

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Administrador da RTP com o pelouro da informação, Luís Marinho, votou contra a escolha.

A contratação de Nuno Santos para a direção de informação da RTP gerou tensão na administração do operador público: o administrador com o pelouro da informação, Luís Marinho, votou contra a escolha e foi colocado à margem do processo pelo presidente Guilherme Costa.

“Confirmo que votei contra e que, embora tenha o pelouro da informação, fui excluído deste processo por vontade do presidente. Tudo o que tiver a dizer mais será dito primeiro no Conselho de Administração”, disse Luís Marinho ao Expresso.

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Ao que o Expresso apurou, a escolha de Nuno Santos para a direção de informação terá sido uma terceira opção da administração, depois de terem sido estudadas as possibilidades de o próprio Luís Marinho ou do diretor de programas da estação, José Fragoso, assumirem um cargo de direção geral na RTP. Estas alternativas, que seriam depois complementadas por opções internas para a direção de programas e de informação, acabaram, no entanto, por ser inviabilizadas.

Na reunião de quinta-feira, Guilherme Costa terá então decidido assumir pessoalmente o processo, tendo no dia seguinte feito o convite formal a Nuno Santos. A decisão final surgiu hoje, em forma de comunicados à agência Lusa: primeiro a RTP a oficializar a contratação de Nuno Santos e depois o ex-diretor de programas da SIC a anunciar o seu “entusiasmo por regressar à RTP”.

O regresso de Nuno Santos ao operador público – de onde saiu em 2007 como diretor de programas para ocupar o mesmo cargo na SIC – permite à RTP colmatar as vagas criadas na direção de informação pelas saídas de José Alberto Carvalho e Judite de Sousa para a TVI.

Substituição de Nuno Santos na SIC será feita internamente

A saída de Nuno Santos da direção de programas da SIC para a direção de informação da RTP “pode ser resolvida internamente” pela estação de Carnaxide.

A informação foi avançada ao Expresso pelo diretor-geral da SIC, Luís Marques que, embora considere “prematuro falar em nomes”, deixa uma garantia: “A SIC não tem necessidade de ir ao mercado para substituir Nuno Santos”.

O responsável da SIC defende, aliás, que a saída de Nuno Santos “não altera o rumo do canal em matéria de organização”. “O que pode acontecer é um realinhamento de competências, porque as opções de fundo já estão pensadas”, diz.

JA/Rede Expresso
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