Contrato da TAP assinado esta quinta-feira

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O Conselho de Ministros deu luz verde à privatização da TAP e o respetivo contrato ainda será assinado esta quinta-feira, confirma ao Expresso uma fonte do Governo. O consórcio dos empresários David Neeleman e Humberto Pedrosa deverá assim antecipar a capitalização necessária à transportadora aérea.

Para já, vão entrar na empresa 150 milhões de euros e uma segunda tranche de 120 milhões de euros será paga em 2016. O objetivo deste negócio é que até 23 de junho de 2016 a TAP tenha acesso ao primeiro reforço de capitais.

Questionado à saída da reunião sobre o facto de ter sido um Governo que exerce apenas funções de gestão a aprovar a privatização, o ministro da Presidência e do Desenvolvimento Regional, Luís Marques Guedes, foi claro: para o Executivo, esta é uma questão “urgente e inadiável”, uma vez que se não se registar em breve uma entrada de fundos na TAP “há um risco objetivo de os aviões ficarem no chão e de os trabalhadores ficarem sem salário”.

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Em conferência de imprensa, o ministro da Presidência frisou que a vantagem da alteração ao plano de recapitalização anunciada esta quinta-feira incide na entrada imediata de fundos, uma vez que o plano inicial previa que o total de 270 milhões de euros entrasse na empresa numa tranche única. Assim, defendeu Marques Guedes, será evitado o “colapso iminente” da companhia aérea, numa decisão que o ministro diz ter o fim de “não deixar cair a empresa nem lavar as mãos dessa situação”.

Quanto à vontade manifestada pelas forças de esquerda, agora maioritárias no Parlamento, de reverter o processo, Marques Guedes lançou duras críticas ao maior partido da oposição: “é uma atitude de enorme prepotência e profunda hipocrisia do PS”. Para o ministro, “o PS conhece a verdadeira situação da TAP” e portanto “sabe que os problemas de tesouraria têm de ser atacados rapidamente”.

Ainda sobre a possibilidade de o próximo Executivo, ainda por conhecer, decidir reverter o processo de privatização da TAP, Marques Guedes assegurou que “o dinheiro não entra por liberalidade para criar dificuldades a um posterior processo de reversão”, mas exclusivamente por haver uma necessidade urgente de resolver os problemas de tesouraria da empresa.

Sobre as medidas já conhecidas do acordo à esquerda, o ministro foi parco em palavras, mas aproveitou ainda para dizer que embora “todos os Governos em democracia desejem aplicar medidas favoráveis e populares”, o Executivo liderado por Passos Coelho não o fez “responsavelmente” por preferir um processo de “gradualismo”.

João Palma-Ferreira (Rede Expresso)

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