Crédito Agrícola desenvolve Plano de Transição Net Zero

No seguimento das negociações do clima ocorridas na COP28

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No seguimento das negociações do clima ocorridas na COP28, o Crédito Agrícola lança um Position Paper para comunicar o seu Plano de Transição Net Zero, reforçando o seu contributo e o do sector bancário para o combate às alterações climáticas, em alinhamento com o Acordo de Paris, anunciou a empresa.

“Ao abrigo de valores cooperativos únicos no mercado português e da responsabilidade perante sectores de atividade com elevada exposição aos riscos climáticos, o Grupo Crédito Agrícola assume o compromisso de se tornar Net Zero até 2050 e associa-se à Net Zero Banking Alliance, da Glasgow Financial Alliance for Net Zero, a maior coligação mundial de instituições financeiras empenhadas na transição da economia global para um cenário net zero”, refere em comunicado.

Após o cálculo das principais fontes de emissão de CO 2 e, o Grupo CA compromete-se com metas de redução, tanto a nível operacional (gestão interna), como de negócio (financiamentos e investimentos concedidos).

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No que diz respeito à gestão interna de todas as operações do Grupo, é anunciada uma meta de redução de emissões de CO 2 e de 60% até 2030.

A nível do negócio, são estabelecidas metas de redução de emissões de CO 2 e para oito sectores de atividade, representados na sua carteira de crédito, nomeadamente: Imobiliário Residencial, Imobiliário Comercial, Agricultura, Hotelaria e Restauração, Energia, Aviação, Resíduos e águas residuais, e Automóvel.

A seleção de sectores teve como base os melhores referenciais internacionais para o setor (p.e. Science-Based Targets Initiative) e a exposição da carteira de crédito do banco aos diferentes sectores intensivos do ponto de vista carbónico.

Houve ainda a preocupação de fazer refletir no Plano Net Zero alguns dos sectores prioritários no Roteiro para a Neutralidade Carbónica 2050 de forma a assegurar um contributo robusto para o caminho que a economia portuguesa terá de percorrer em prol da descarbonização.

O Crédito Agrícola irá implementar uma série de iniciativas de descarbonização, entre as quais se destacam:

– A transformação da oferta de financiamento para inclusão de mecanismos de incentivo à transição climática de clientes empresariais e particulares;

– A adaptação do modo de fazer banca para acompanhar de forma mais próxima e pedagógica os clientes no processo de transição;

– A alteração de políticas de concessão e aceitação de operações de crédito para que possam reflectir a boa gestão dos riscos climáticos;

– A implementação e/ou reforço de iniciativas internas de descarbonização ao nível da mobilidade, eficiência energética, redução e reutilização de recursos e materiais, gestão responsável de resíduos, de forma a mobilizar e liderar pelo exemplo;

– E a criação de uma cultura de dados ESG, essenciais à medição dos impactos e monitorização do cumprimento deste compromisso.

Ainda na sequência do mais recente acordo global do clima (COP28), o qual inclui o apelo à transição para o abandono dos combustíveis fósseis nos sistemas energéticos, o Crédito Agrícola reconhece a importância do envolvimento de todos os agentes económicos no reforço da ambição climática.

Neste âmbito, para além do Plano de Transição Net Zero, destaca ainda a sua política de originação de crédito recentemente revista, que dita os princípios de exclusão e/ou restrição de financiamento do banco, incluindo a sectores como mineração e produção de energia a partir de carvão, extração de hulha e lenhite, extração de urânio ou extração de petróleo, entre vários outros setores, atividades ou entidades que não se encontrem alinhadas com os valores de uma sociedade mais sustentável e inclusiva.

Nas palavras de Licínio Pina, presidente do Grupo Crédito Agrícola, “o objetivo do Plano de Transição Net Zero do GCA é reforçar o nosso compromisso com a sociedade para ser mais resiliente às alterações climáticas que visivelmente têm vindo a afetar o crescimento sustentado da economia portuguesa. É igualmente nosso compromisso o desenvolvimento socioeconómico das comunidades locais e o bem-estar, qualidade de vida e saúde das populações. Pretendemos dar prioridade a financiamentos alinhados com as metas de energia e clima da União Europeia. O GCA quer contribuir ativamente para reduzir os riscos climáticos e ecológicos inevitavelmente associados a inúmeras atividades económicas, assim como fomentar o crescimento e competitividade de setores estratégicos para o nosso país, protegendo e valorizando o capital natural existente no território português e apostando em soluções de inovação e tecnologia que contribuam para acelerar o caminho da sustentabilidade e inclusão da sociedade”.

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