Duarte Lima vai hoje deixar de usar a pulseira eletrónica, segundo revela ao Expresso o seu advogado Rogério Alves. O ex-deputado do PSD, um dos seis arguidos em julgamento no processo relacionado com aquisição de terrenos no concelho de Oeiras, através de empréstimo concedido pelo BPN, “foi ontem notificado”, assegura o ex-bastonário da Ordem dos Advogados, sem adiantar mais pormenores.
Será por isso o fim da medida de coação de prisão domiciliária.
O antigo líder parlamentar do PSD, detido a 17 de novembro de 2011, iria cumprir no próximo mês, dois anos com a obrigação de permanecer na sua residência.
Duarte Lima, acusado de três crimes de burla qualificada, dois crimes de branqueamento de capitais e um crime de abuso de confiança na forma agravada, esteve em prisão preventiva até maio de 2012, altura em que foi alterado o regime. Desde então tem estado em casa com pulseira eletrónica.
O Expresso tentou contactar Duarte Lima, bem como o gabinete de comunicação da Procuradoria-Geral da República sobre o assunto. Até ao momento não obteve respostas.
O filho de Duarte Lima, Pedro Lima, foi detido juntamente com o pai, mas acabou por ser sido libertado após pagamento de caução de meio milhão de euros. Pedro Lima está indiciado da prática de um crime de burla qualificada e de um de branqueamento de capitais.
O sócio de Duarte Lima, Vítor Raposo, é suspeito da prática de um crime de burla qualificada, em coautoria com o antigo deputado social-democrata e Pedro Lima.
Foi ainda deduzida ainda acusação contra João de Almeida Paiva e Pedro de Almeida Paiva por três crimes cada um (burla qualificada, infidelidade e falsificação de documento).
Francisco Canas está acusado de um crime de branqueamento de capitais relacionado com o recebimento de fundos de Duarte Lima e colocação em contas bancárias na Suíça.
RE