Em clima de tensão com a Rússia, Obama recorda vitória dos Aliados na I Guerra Mundial

ouvir notícia

.

O Presidente dos Estados Unidos reafirmou os laços do seu país com a Europa, na manhã desta quarta-feira, durante uma visita a um cemitério da I Guerra Mundial, na Flandres. “Este chão sagrado lembra-nos que nunca podemos tomar o progresso por garantido”, afirmou Barack Obama, num momento em que as tensões com a Rússia ganham ecos da Guerra Fria.

“Temos de nos comprometer permanentemente com a paz, que nos liga através do oceano”, afirmou Obama, que, com o primeiro-ministro belga Elio di Rupo e o rei Filipe, depositou uma coroa de flores em memória dos mortos daquele cemitério, entre eles 368 americanos.

Ao honrar a memória das vítimas do conflito global de há 100 anos, Barack Obama recordou uma era em que os Estados Unidos e as potências europeias se aliaram. O Presidente nega que a Rússia seja, hoje, uma potência mundial como era então, mas reconhece o risco que as suas ações representam para a Europa.

- Publicidade -

Obama está na Bélgica para visitar oficialmente, pela primeira vez, a sede das instituições europeias e da NATO. O reforço dos laços transatlânticos torna-se urgente após a anexação da península ucraniana da Crimeia pela Rússia, que nem Washington nem Bruxelas reconhecem.

Num discurso a ser proferido esta tarde, o Presidente quer, segundo o diário britânico “The Guardian”, dar seguranças aos países da Europa de Leste, geograficamente próximos da Rússia, alguns dos quais são membros da NATO.

Europa quer falar da NSA

Antes de discursar, Obama almoça com os presidentes do Conselho Europeu, Herman Van Rompuy, e da Comissão Europeia, Durão Barroso. Encontrar-se-á, também, com o secretário-geral da Aliança Atlântica, Anders Fogh Rasmussen. Os três terminam o seu mandato este ano.

Na agenda de Obama e dos líderes europeus estará também o projeto de criar uma área de comércio livre UE-EUA, que Bruxelas acredita que fará crescer em mais de 100 mil milhões de euros a economia europeia. É possível que os líderes europeus queiram, também, falar sobre as violações da privacidade cometidas pela Agência Nacional de Segurança dos EUA.

A crise ucraniana levará Obama a voltar a Bruxelas no mês de junho. É ali que o G7 (grupo de países mais industrializados) celebrará a reunião que esteve para se realizar em Sochi, na Rússia. Suspensa esta, o G8 passou a G7 e a reunião teve de mudar de lugar.

Agente secreto suspenso por embriaguez

A visita de Obama ficou marcada também pela suspensão de três agentes secretos que integravam o aparato de segurança presidencial. Tendo chegado antes do Presidente à Holanda (onde Barack Obama esteve antes de ir para a Bélgica), como é habitual, um deles foi encontrado muito embriagado num hotel holandês e todos acabaram suspensos por “motivos disciplinares”, segundo fonte oficial.

Este pequeno episódio é um revés para uma organização que tenta reabilitar-se após a revelação, em dezembro, de que vários dos seus agentes eram clientes de redes de prostituição.

Já em 2012 houvera um escândalo, na Colômbia, quando 13 membros dos serviços secretos foram acusados de recorrer a serviços sexuais. Os agentes estão, agora, proibidos de beber álcool num prazo de dez horas antes de iniciarem qualquer turno.

RE

- Publicidade -
spot_imgspot_img

Deixe um comentário

+Notícias

Exclusivos

Deixe um comentário

Por favor digite o seu comentário!
Por favor, digite o seu nome

Este site utiliza o Akismet para reduzir spam. Fica a saber como são processados os dados dos comentários.