Em nome dos afetos, a gratidão para com
o sábio Manuel Sérgio

Afetos de que tanto e tanto o nosso sistema desportivo está carenciado, para já não falar de outras e graves incidências relacionadas com a (falta de) transparência e integridade.
Começámos há mais de quatro décadas a nossa relação de amizade com mestre – porque sábio! – Manuel Sérgio. Relação que se tem vindo a fortalecer, face à lei inexorável do tempo, constituíndo-se, vezes quantas, num assertivo, responsável e responsabilizante conselheiro, ao ponto de, um dia, a percorrê-lo já de há muito, no espaço e no tempo, nos situarmos na terceira das nossas vidas: a vivida, depois de termos passado pelas sentida e aprendida.
Temos vindo a perceber, trazendo ao ‘palco dos acontecimentos’ – sem ruído nem holofotes acesos -, que fará todo o sentido nos inscrevermos na cadeira de outro mestre, absorvendo, para colocar em prática, expressa nesta sua ideia-pensamento: “Antes de chegar ao saber é preciso percorrer o ser e o sentir”.
Que sublime conjugação esta, a de aliarmos a necessidade de construírmos afetos, como, e em síntese, tão bem nos testemunha o sábio Manuel Sérgio: “O ser humano faz-se fazendo-se e, ao fazer-se, joga com os afetos, principalmente com os afetos. O que é o homem sem afetos? Ou frio, distante, insensível? Ocorro-me o Fernando Pessoa: «Uma besta sadia, um cadáver adiado que procria».
Num momento em que as primeiras, não pedaladas (porque demasiado quentes…), mas futeboladas, vão acontecendo, bom seria que as duas palavras, integridade e saúde, pudessem começar a fazer parte do planeamento e dos objetivos a alcançar pelos intervenientes no nosso indígena futebol-espetáculo.
Decidamente não é pensando que somos, é sendo que pensamos ! Grato, muito, mestre – porque sábio! – Manuel Sérgio, por quanto, com a dimensão de um Oceano, nos tem inspirado e ensinado, partilhando com a nossa gota de conhecimento.
Que os agentes envolvidos no espetáculo desportivo, com o foco principal na evolução dos praticantes e do nível e qualidade do espetáculo, consigam atingir o exemplo de saudavelmente serem reconhecidos como ídolos, porque ensinando, serão!

Humberto Gomes

*“Embaixador para a Ética no Desporto

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