Equipa do Algarve faz descoberta contra o cancro da bexiga

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Pedro Castelo Branco lidera a equipa do CBMR da Universidade do Algarve que abriu novas perspetivas no diagnóstico e tratamento do cancro

Uma equipa do Centro de Investigação em Biomedicina (CBMR) da Universidade do Algarve, liderada por Pedro Castelo Branco, participou num consórcio internacional e descobriu que determinadas alterações específicas na regulação do gene da telomerase (Tert) – responsável pela multiplicação das células cancerígenas – contribui para a progressão do cancro da bexiga.

Esta investigação, que partiu de uma corte internacional de 237 pacientes com cancro da bexiga, revela que “existem determinadas alterações genéticas e epigenéticas cuja compreensão pode ajudar a melhorar o diagnóstico e o prognóstico da doença, permitindo, desta forma, uma terapia mais personalizada no futuro”.

Este estudo mostrou, assim, que “as mutações do referido gene estão presentes em 76,8% dos pacientes com cancro da bexiga analisados, manifestando-se em todas as fases e estados da doença”.

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Para além disso, e através desta investigação, foi possível perceber que “a hipermetilação do Thor, uma região específica do gene da telomerase (que tem a particularidade de estar comumente ativo em casos de cancro), quando combinada com esta mutação contribui para um aumento do risco de recorrência e progressão da doença”.

Como explica Pedro Castelo-Branco, investigador principal do grupo de Epigenética e Doença Humana, do CBMR, “esta investigação é especialmente relevante se pensarmos que traz consigo informações valiosas para o prognóstico de uma doença que afeta, em média, 17,6% da população portuguesa. Estes dados trazem novas perspetivas sobre a própria biologia do cancro”.

Sendo um dos 10 tipos de cancro mais comuns em todo o mundo e o quinto mais frequente na Europa, a segmentação do risco para este tipo de tumor continua, ainda, a ser uma importante necessidade não correspondida. “Compreender o mecanismo pode abrir portas a novas formas de terapia mais personalizadas”, acentuam os investigadores.

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