Estados Unidos e Europa tentam obrigar Putin a recuar na Crimeia

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Putin está a ser pressionado para acabar com a presença militar na Crimeia

São as medidas mais duras impostas pelos EUA à Rússia desde a Guerra Fria. O Presidente Barack Obama, numa decisão tomada em conjunto com a União Europeia (UE), anunciou ontem a imposição de sanções contra várias personalidades próximas do Presidente Putin e consideradas responsáveis pelo evoluir do conflito na Crimeia.

O objetivo é pressionar o Presidente russo a dialogar, forçando-o a desistir de anexar aquele território, ainda que Putin tenha já assinado o decreto que reconhece a independência da república autónoma ucraniana da Crimeia. Na intervenção desta segunda-feira na Casa Branca, Obama foi claro: se Vladimir Putin continuar com a intervenção militar na Ucrânia “não fará mais do que agravar o isolamento diplomático da Rússia, e a sua economia sofrerá ainda mais”.

As sanções podem ir mais longe, mas, para já, os ministros dos Negócios Estrangeiros europeus acordaram em proibir a entrada na Europa a 21 personalidades (13 russos e oito ucranianos) envolvidas no conflito, ficando também congelados os ativos que estas pessoas tenham em qualquer dos países membros.

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A União Europeia não revelou identidades, mas os Estados Unidos foram mais longe e anunciaram os nomes dos 11 elementos visados pelo seu país.

Contam-se entre eles Vladislav Surkov, um dos principais assessores de Putin, Valentina Matviyenko, a presidente da câmara Alta do Parlamento russo, o autoproclamado novo primeiro-ministro de Crimeia, Sergei Aksyonov e o porta-voz do parlamento, Vladimir Konstantinov, além do deposto Presidente da Ucrânia, Víctor Ianukovitch.

Alemanha faz apelo a Putin

A Alemanha pediu também a Vladimir Putin que acabe com a presença militar russa e que colabore numa solução diplomática para acabar com a crise política na região da Crimeia.

Considerado pela Europa e pelos EUA uma “clara violação da Constituição ucraniana”, o referendo que terminou com 96,8% dos eleitores da Crimeia a aprovarem a união com a Rússia foi a gota de água para o conflito que se arrasta, mas em função do resultado o seu Parlamento aprovou uma resolução para se declarar independente da Ucrânia.

Esta segunda-feira foi anunciado também que as unidades militares ucranianas serão dissolvidas e que o rublo passa a ser a moeda oficial.

RE

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