Segundo dados ayamontinos, a hotelaria local, pela primeira vez, em Setembro registou índices de ocupação que atingiram os 88 por cento. O alcaide local registou com agrado esta mudança. «Há anos que se registava uma queda da oferta neste mês. Tudo dependia do sol e praia. Agora não. Há uma oferta de cidade, veiculada por smartphones, ipads, até por boias digitais, no que diz respeito ao porto de recreio à entrada do Mediterrâneo».
Do outro lado do rio, em Vila Real de Santo António a dinâmica não é inferior. Segundo dados oficiais, nos últimos quatro anos abri ram na cidade pombalina oitenta e oito novos estabelecimentos comerciais, a maior parte deles na baixa da cidade. Vila Real de Santo António pôs em prática uma estratégia de reciprocidade interurbana, que por sua vez desenvolveu efeito multiplicador. Os mercados de Vila Real de Santo António atrairam muita gente aos fins-de-semana.
A gastronomia local continua a ser uma sedução. Rodriguez Castillo, alcaide de Ayamonte, referiu neste âmbito que a sua cida-de contou em Setembro (20, 21 e 22) com um mercado transfronteiriço gastronómico e artesanal no central Paseo de La Ribera que atraiu milhares de visitantes. Espera-se de Vila Real igual atitude. Um roteiro de reciprocidade com os melhores restaurantes de um e outro lado do Guadiana, com base na cozinha tradicional, os peixes, mariscos, as receitas que estão na memória ainda de muitos. Com uma Escola Hoteleira situada em pleno «casco» urbano tudo é de prever.
Todo este crescimento deve-se, segundo Rodriguez Castillo, à ampliação da oferta turística que aumentou a temporada estival, se transformou numa autêntica oferta urbana.
Com efeito, as cidades abrangidas contam com um vasto património natural, histórico, arquitectónico, etonográfico e paisagístico. Um património que cada vez está a entrar mais nos circuitos turísticos.
Viegas Gomes/JA
