“Os CTT informam que a adesão ao primeiro dia de greve parcial dos carteiros de Faro, que se realizou na terça-feira entre as 08:30 e as 10:30, foi de 30%”, lê-se numa resposta da empresa, após ter sido questionada pela Lusa sobre os dados de adesão à greve.
A empresa refere respeitar “o direito à greve dos trabalhadores”, assumindo que “podem existir alguns constrangimentos no que diz respeito à distribuição” e que tudo fará para “minimizar o impacto” nos clientes.
“Nesses casos, tudo fazemos, como sempre, para minimizar o impacto nos clientes, nomeadamente procurando assegurar a entrega do correio prioritário e a qualidade do tráfego de encomendas expresso”, refere-se na nota.
Os CTT asseguram ainda que tudo farão para que “a situação se mantenha dentro da normalidade” através dos seus “planos de contingência e processos de melhoria contínua”, mantendo o “empenho na melhoria continua dos seus serviços”.
Segundo fonte do Sindicato Nacional dos Trabalhadores dos Correios e Telecomunicações (SNTCT), o primeiro dia da paralisação parcial de duas horas diárias dos carteiros de Faro, para reivindicarem melhores condições de trabalho, registou uma adesão de 60%.
“A adesão à paralisação foi de 60% por cento, tal como tínhamos estimado aquando do plenário dos trabalhadores”, disse à Lusa José Oliveira,
A paralisação parcial, que vai decorrer diariamente entre as 08:30 e as 10:30, até ao dia 07 de fevereiro, foi decidida na segunda-feira em plenário dos trabalhadores do Centro de Distribuição Postal (CDP) de Faro e decretada por aquele sindicato.
Segundo José Oliveira, os trabalhadores do Centro de Distribuição Postal da capital algarvia reivindicam da empresa CTT “melhores condições de trabalho, nomeadamente a contratação de mais profissionais e a alteração dos giros, de forma a assegurarem uma distribuição do serviço postal com qualidade naquela cidade”.
O sindicalista adiantou que, durante o período da paralisação, os carteiros distribuíram à população de Faro “documentação onde explicam as razões da greve, que, acima de tudo, tem a ver com a melhoria da qualidade do serviço que prestam”.
Os carteiros reivindicam a contratação de mais seis profissionais para assegurar a distribuição postal em Faro e queixam-se de sobrecarga de trabalho, o que afeta depois a distribuição de correio na capital algarvia.