O aspirante a Geoparque Algarvensis Loulé-Silves-Albufeira tem um único objetivo: desenvolver o território de uma forma sustentável, ao mesmo tempo que conta a história do planeta Terra, fundamentada com provas que o Algarve tem para mostrar ao mundo. O JA falou com os coordenadores do projeto dos três municípios algarvios que explicam a importância deste projeto para a região e para o mundo
Quem for curioso pela história da criação do planeta Terra, há várias centenas de milhões de anos, pode ficar a saber mais visitando o aspirante a Geoparque Algarvensis, cujo território fica localizado nos municípios de Albufeira, Loulé e Silves.
Este parque não é um só sítio. É um vasto território, com vários geossítios, pontos de interesse e atividades que vão contar a história do planeta Terra até à atualidade, incluindo as tradições e a sua gente.
No entanto, segundo a coordenadora do município de Loulé, Dália Paulo, este projeto quer “contar a história que maior parte dos algarvios desconhece”: o metoposaurus algarvensis e a separação dos continentes, mais conhecida como Pangeia.
O metoposaurus algarvensis era um anfíbio pré-histórico, parecido a uma salamandra gigante, que terá existido no Algarve no período triásico.
Os primeiros fósseis desta espécie foram descobertos pelo paleontólogo Octávio Mateus, entre 2010 e 2011 na Jazida da Penina, no concelho de Loulé, tendo sido identificados como uma nova espécie em 2015.
Esta espécie tinha cerca de dois metros de comprimentos, dentes afiados e vivia em lagos, naquela zona do Algarve. No entanto, com as alterações climáticas, os lagos secaram e acabaram por matar a espécie, bem como muitas outras.
Em todo o território do Geoparque será possível visitar vários locais onde se pode “contar esta história, na paisagem”, acrescenta Dália.
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Gonçalo Dourado
(leia a notícia completa no Jornal do Algarve de 15 de julho de 2021)
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