Greve dos trabalhadores da recolha do lixo e higiene de Portimão ronda os 90%

“A adesão registada desde as 06:00 situa-se muito perto dos 90%, o que reflete o descontentamento dos trabalhadores face à sua situação laboral”

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A adesão à greve de quatro dias dos trabalhadores de recolha do lixo e da higiene urbana de Portimão, iniciada hoje, ronda os 90%, disse fonte do sindicato do setor.

A greve convocada pelo Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Administração Local e Regional, Empresas Públicas, Concessionárias e Afins (STAL), decorre entre hoje e segunda-feira e abrange os trabalhadores da EMARP, empresa municipal gestora pela recolha, tratamento e deposição de resíduos urbanos e higiene urbana de Portimão, cuja Câmara Municipal detém 100% do capital social.

O dirigente regional do Algarve do STAL, Bruno Luz, disse que “a paralisação está corresponder às expectativas, com uma adesão muito elevada”.

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“A adesão registada desde as 06:00 situa-se muito perto dos 90%, o que reflete o descontentamento dos trabalhadores face à sua situação laboral”, apontou.

O sindicalista estimou que os efeitos da paralisação comecem a ser visíveis a partir de sábado, com a ausência de recolha de lixo e limpeza no município”, embora estejam assegurados os serviços mínimos.

Bruno Luz adiantou ainda que “o descontentamento dos trabalhadores vai ser também manifestado com a concentração de um piquete de greve hoje a partir das 18:00 junto à porta da empresa municipal”.

O STAL atribui à administração da empresa a responsabilidade da greve, que vai afetar durante quatro dias a recolha de lixo e a higiene urbana do município algarvio em plena época alta do turismo.

O sindicato pretende que a administração da empresa cumpra o caderno reivindicativo, aprovado em plenário, e que aponta “medidas imediatas” para a valorização dos salários, “como a revisão da tabela salarial, atualização de subsídios e a recuperação do tempo de serviço”.

Ao mesmo tempo, exige a reposição das 35 horas semanais de trabalho, a eliminação do designado banco de horas, o combate à precariedade e o respeito pelas funções.

Sobre as reivindicações dos trabalhadores e os efeitos da greve no município, a EMARP escusou-se a “fazer qualquer comentário neste momento” remetendo quaisquer esclarecimentos para segunda-feira.

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