Guerra na Ucrânia desencadeou pior violação de direitos humanos atual – Guterres

O secretário-geral da ONU pediu ainda aos países respeito pelo texto da Declaração Universal dos Direitos Humanos para que se possam enfrentar os novos desafios, a nível global

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O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, considerou esta semana que a invasão russa da Ucrânia desencadeou a pior violação de direitos humanos a acontecer atualmente no mundo.

“A invasão russa da Ucrânia desencadeou a mais massiva violação dos direitos humanos que conhecemos atualmente”, disse António Guterres na intervenção inaugural da 52ª sessão do Conselho dos Direitos Humanos das Nações Unidas em Genebra que coincide com o 75.º aniversário da Declaração Universal dos Direitos Humanos.  

Ao lado de Guterres, na sessão de abertura do Conselho dos Direitos Humanos da ONU, estava o Alto Comissário da ONU para os Direitos Humanos Volker Turk, que apontou igualmente o “regresso do velho autoritarismo” das “guerras de agressão”.

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“[São] guerras destrutivas de agressão de uma era já passada com consequências mundiais, como vemos novamente na Europa com a invasão insensata da Ucrânia pela Rússia”, declarou Volker Turk.

Na mesma sessão de abertura foi cumprido um minuto de silêncio em memória dos mais de 40 mil mortos dos sismo que atingiram a Turquia e a Síria. 

O secretário-geral da ONU pediu ainda aos países respeito pelo texto da Declaração Universal dos Direitos Humanos para que se possam enfrentar os novos desafios, a nível global.

“O desrespeito pelos direitos humanos deve ser uma chamada de atenção para todos nós”, disse Guterres.

“Os direitos humanos não são um luxo que possamos deixar de lado até que encontremos soluções para o resto dos problemas mundiais: são a solução”, afirmou. 

No mesmo discurso, António Guterres, referiu-se a milhões de pessoas em todo o mundo que foram obrigadas a fugir dos locais onde residiam por causa da guerra, da violência e “das violações dos direitos humanos”.

Para o secretário-geral da ONU é motivo de preocupação “a perseguição” de pessoas por motivos religiosos, “cor da pele, ideologia, minoria linguísticas, étnica ou cultural, além da orientação sexual e género”.

As alterações climáticas e desigualdades sociais também foram citadas, assim como a “má utilização” das novas tecnologias que, segundo Guterres, podem deixar “uma herança de desinformação e mentira para as gerações futuras”. 

Por outro lado, congratulou-se pelos avanços alcançados ao longo do século XX e nas primeiras décadas do século XXI, especialmente em matérias relacionadas com a erradicação da pobreza, aumento da esperança de vida e alfabetização.

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