Idoso esperou mais de uma hora por ambulância em Faro

O caso ocorreu por volta das 18:00 na Rua do Alportel, em Faro

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Um homem, de 70 anos, após várias crises convulsivas, teve que esperar esta segunda-feira, 25, durante mais de uma hora por uma ambulância para ser transportado para o Hospital de Faro, revelou esta terça-feira o Sindicato dos Técnicos de Emergência Pré-Hospitalar (STEPH).

O presidente do STEPH, Rui Lázaro, referiu que o caso ocorreu por volta das 18:00 na Rua do Alportel, em Faro, onde o septuagenário permaneceu mais de uma hora no chão até que fosse possível ser transportado de ambulância para o hospital.

“Entretanto estava lá o Técnico da Mota de Emergência Médica de Faro, que ao fim de quatro convulsões (do paciente) sugeriu ao CODU/Centros de Orientação de Doentes Urgentes que o transporte fosse feito em carro particular, dada a gravidade da situação. O CODU acabou por enviar uma ambulância passados 55 minutos, que chegou [ao local] já depois de uma hora da chamada inicial”, precisou o responsável sindical.

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Na altura da ocorrência, relatou ainda, a Viatura Médica de Emergência e Reanimação (VMER) de Faro estava ocupada também.

“Infelizmente, registou-se mais um caso que vem confirmar os alertas que o sindicato tem vindo a fazer ao Ministério da Saúde e também junto dos partidos com assento na Assembleia da República que provam a inexistência de meios para ocorrências de emergência, provocada pela falta de técnicos de emergência pré-hospitalar e pela falta de revisão dos fluxos de triagem que origina que as ambulâncias estejam ocupadas com ocorrências não urgentes”, contou.

A falta de técnicos de emergência origina, por seu lado, indicou, que “várias dezenas de ambulâncias não estejam operacionais” devido à ausência de meios humanos.

Em comunicado, o STEPH acrescenta que “acompanha com enorme preocupação as várias situações de atrasos no envio de ambulâncias de emergência médica”, lamentando “profundamente os desfechos trágicos de alguns deste casos, bem como dos que acontecendo não são do conhecimento público”.

“A situação da Emergência Médica em Portugal é hoje insustentável, demasiado lesiva para o país e para os portugueses que dela precisam”, adverte o STEPH.

Critica a “ausência de sentido de Estado de dirigentes absolutamente incapazes de retirar consequências de tão lamentáveis e graves falhas”.

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