Inscrições abertas para os festivais de gastronomia de Tavira

A participação é gratuita

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Já se encontram abertas as inscrições para os festivais de gastronomia do concelho de Tavira. O XVIII Festival de Gastronomia do Mar marca o arranque deste ciclo, entre 28 de abril e 28 de maio, comunicou a autarquia.

A inscrição no Festival de Gastronomia do Mar destina-se a todos os estabelecimentos de restauração e similares do concelho (exceto self-service e pronto a comer). Os interessados em participar deverão efetuar a sua inscrição, até dia 20 de março, através de formulário próprio.

A ementa para o Festival deverá ser constituída por entrada, prato principal (produtos do mar e ingredientes da Dieta Mediterrânica) e sobremesa (ingredientes regionais, sendo obrigatório especificar).

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Os estabelecimentos, cujos menus são baseados em tapas e petiscos poderão adaptar a ementa às normas do Festival.

Festival de Gastronomia do Mar – 28 de abril a 28 de maio:

Sabores do Mediterrânico – 7 a 10 de setembro (Feira da Dieta Mediterrânica)

Festival de Gastronomia Serrana – 27 de outubro a 26 de novembro

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2 COMENTÁRIOS

  1. Com o incremento do turismo, Portugal tornou-se, sem dúvida, a Meca dos grandes “gourmands”, naturais de países estrangeiros que nos visitam, que fazem jus à qualidade ímpar e única da nossa gastronomia e doçaria.

    Ouvi, há algum tempo atrás, ser entrevistado um Inglês, que escolheu o nosso país para passar a sua vida de aposentado.
    Perguntava-lhe a entrevistadora se, dado o aumento de custo de vida em Portugal, não equacionava retornar ao seu país, ao que o British respondeu negativamente.

    – “Depois da minha vida profissional, percorrendo todo o mundo, como oficial da marcante mercante de Sua Majestade, tenciono continuar a viver em Portugal o que me resta de vida, porque em nenhum país mais se como um peixe tão saboroso, como em Portugal, cuja gastronomia é variada e inigualável”.

    Não será estranho à multiplicidade de pratos que integra o cardápio da nossa vasta gastronomia nacional, como uma das principais determinantes, o facto de a língua geográfica de Portugal se entender, segundo a latitude e não pela longitude, uma vez que aquela, pelas diferenças de temperaturas que envolve, determina variadas climáticas que, por sua vez, estão em relação com culturas distintas e uma culinária igualmente “sui generis”, em cada uma das zonas do país.

    Depois, bem, depois, há a doçaria conventual …
    Havia necessidade de, nos vastos quintais dos conventos, as freiras terem criação, que lhes proporcionasse os necessários ovos para, deles, aproveitarem as claras com que engomar os seus toucados.
    Restavam as gemas.
    Que fazer com elas ?
    Através de tentativas / erros, foram, ao longo dos séculos, criando verdadeiros tesouros de confeitaria, como os pães de rala, as barrigas de freira ou as encharcadas, verdadeiras provocações, cuja degustação nos transporta, como por encanto, ao reino infantil da Fada do Açucar do “Quebra Nozes”.

    E que dizer duma torta de alfarroba (que, ontem, 15/03, degustei, no Restaurante dos Caçadores com um cálice de néctar de medronho, na minha terra, Messines), ou das castanhas (com amêndoa em pó), além dos dons Rodrigos e tantas, tantas outras maravilhas do meu Algarve ?

  2. O “PÃO DE CABEÇA ALENTEJANO” A PATRIMÓNIO CULTURAL IMATERIAL

    Não foi por acaso que individualizei este outro meu comentário, porque o assunto que pretende abordar merece a dignidade de ser tratado à parte.

    Como todos conhecemos, é vasta a lista dos eventos culturais que mereceram a honra de ser considerados pela UNESCO Património Cultural Imaterial.
    Dele, entre outros, fazem parte :
    – O Fado
    – O Cante Alentejano
    – Os chocalhos
    – A loiça preta de Bisalhães
    – As Festas do Povo em Campo Maior

    Existe, contudo, uma outra entidade cultural portuguesa que só um imperdoável lapso de memória poderá explicar o facto de não estar já contemplado com a classificação, pela UNESCO, de Património Cultural Imaterial.

    Falo do “Pão de Cabeça Alentejano”, um dos mais magníficos representantes da gastronomia meridional portuguesa, presente, segundo parece, desde tempos imemoriais nas culturas, designadamente, do Baixo Alentejo e da Serra Algarvia.

    Trata-se de uma entidade cultural, designada popularmente por “pão alentejano”, embora a sua área de implantação se estendesse, em tempos mais antigos, a toda a província do Algarve, permanecendo ainda fortemente presente em toda a chamada Serra Algarvia.
    O seu perfil subsiste bem enraizado no dia-a-dia das populações de grande parte da região mais meridional do nosso país, carecendo, contudo, de alguma pesquisa, quanto às suas origens, a qual arriscaria a colocar, com um elevada probabilidade de certeza, no ancestral Gharb al-Andalus, como mais uma das inovações legadas pela presença árabe entre nós, veiculada, posteriormente, por via moçárabe.

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