Entre os dias 1 e 3 de fevereiro, o JORNAL do ALGARVE viajou até Bruxelas, na Bélgica, para participar no programa ‘EUinMyRegion’, dirigido a jornalistas locais/regionais e promovido pela Comissão Europeia.
O programa, acreditado por Matteo Salvai, chefe do departamento de comunicação da Comissão Europeia, incluiu formações e seminários sobre as instituições, estrutura e procedimentos da União Europeia; políticas de coesão e investimentos nas regiões e cidades europeias; transição energética (Green Deal) e combate à fraude na aplicação de fundos comunitários no espaço europeu.
“De que forma a Europa afeta o nosso quotidiano?”, “Que impacto tem nos nossos empregos, famílias, saúde, passatempos, viagens, segurança, escolhas enquanto consumidores e direitos sociais?”, “E que presença tem nas nossas vilas, cidades e regiões?. Estas foram algumas das questões de partida que abriram o debate entre responsáveis europeus e jornalistas locais oriundos de diferentes países, que se juntaram para discutir e saber mais sobre a gestão e aplicação de fundos nos 27 estados-membros da UE.
Enquanto cidadãos da União Europeia (UE), somos o elemento central do que a Europa faz, como o faz e porque o faz. O combate ao desemprego, a luta contra a fraude fiscal, as migrações, a proteção ambiental, saúde e segurança social, a promoção da igualdade entre mulheres e homens, segurança do aprovisionamento energético, política económica e regional, agricultura, pescas, cultura e a transformação digital são algumas das pedras basilares das políticas europeias até 2027.
A política regional e de coesão da UE reforça a coesão económica, social e territorial nos estados-membros, apoiando a criação de empregos, a competitividade, o crescimento económico, a melhoria da qualidade de vida e a transição verde e digital. Para atingir estes objetivos, a UE reservou 392 mil milhões de euros para a sua coesão económica, social e territorial, através de fundos específicos para o período 2021-2027.
A política regional da UE trabalha para fazer a diferença em cinco áreas principais: Investir nas pessoas, apoiando o acesso ao emprego, educação e oportunidades de inclusão social; apoiar o desenvolvimento de pequenas e médias empresas; fortalecer a pesquisa e a inovação por meio de investimentos e empregos relacionados à pesquisa; melhorar o meio ambiente através de grandes projetos de investimento e modernizar os transportes e a produção de energia para lutar contra as mudanças climáticas, com foco em energias renováveis e infraestruturas de transporte inovadoras.
No Algarve, no quadro de financiamento do Portugal2020, os líderes europeus destacaram alguns exemplos de iniciativas apoiados pela Europa. A partir do projeto EMSO-PT – Observatório Europeu Multidisciplinar do Fundo do Mar e Coluna de Água, comparticipado com mais de 50% por fundos europeus, passa a ser possível monitorizar o clima e sismos com base no fundo do mar algarvio.
No turismo, são vários os projetos cofinanciados em mais de 50% pela União Europeia, entre os quais o Observatório da Sustentabilidade da Região do Algarve para o Turismo; EETUR- Eficiência Energética em Empreendimentos turísticos no Algarve para uma maior competitividade e sustentabilidade do sector e o ‘Pro Profile rate otimizer: E-traveler profiling for dynamic pricing’, um sistema que interpreta padrões da procura no sector hoteleiro e ajusta em tempo real a oferta de preços de acordo com o perfil e o padrão da reserva.
No que respeita ao mar, são destacados os projetos ALISSA (alimentação saudável e sustentável para peixes de aquacultura) e o MAR4PAIN que se baseia no desenvolvimento de um novo analgésico para tratamento da dor crónica a partir de compostos marinhos. Estes dois projetos receberam, respetivamente, 868 169,42 euros e 353 071,75 euros de financiamento de fundos europeus.
Em relação ao desenvolvimento económico, a título de exemplo, a SPAROS I&D (nutrição em aquacultura) é uma empresa ‘spin-off’ da Universidade do Algarve que visa a inovação e desenvolvimento de novos processos, produtos e tecnologias referentes à alimentação para peixes. Já o projeto ‘Corwin’ está dedicado ao desenvolvimento de um alimento de alto rendimento para as primeiras idades da corvina. Estas iniciativas foram comparticipados por fundos europeus, respetivamente, em 70% e 78%.
Poderá consultar a lista de beneficiários dos fundos da UE na região aqui.
