A Câmara de Lagos foi palco recentemente de uma sessão pública da estratégia de internacionalização do projeto Molião.
O Monte Molião corresponde à antiga Lacobriga, uma antiga povoação normalmente identificada como a antecessora da atual cidade de Lagos. Este local apresenta vários importantes achados arqueológicos, do período pré-histórico até ao domínio romano.
“Este sítio arqueológico corresponde à antiga Lacobriga sendo, por essa razão, considerado um verdadeiro ex-libris da cidade de Lagos que ali tem a sua origem histórica e toponímica”, acentua a autarquia.
Desde 2006, que o município de Lagos estabeleceu uma parceria de cooperação científica com o centro de investigação da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, para desenvolver um programa de investigações arqueológicas no Monte Molião, promovendo o conhecimento do sítio e tendo em vista “o desenvolvimento de um programa municipal para a sua salvaguarda, valorização e divulgação”.
Musealização das ruínas está em cima da mesa
Os trabalhos de investigação desenvolvidos permitem compreender a orgânica e a transformação ao longo de vários séculos daquilo que foi o primeiro núcleo urbano de Lagos”, salientam os responsáveis.
Esta importante estação arqueológica já chegou ao conhecimento de muitos investigadores além-fronteiras, integrando agora também um projeto I+D+i (Investigação, Desenvolvimento e inovação).
“Ainda há toda uma ‘cidade’ por descobrir”, frisam os responsáveis pelos trabalhos arqueológicos, deixando a sugestão ao município para proceder à musealização das ruínas e criar um centro interpretativo.
Para a presidente da autarquia, Maria Joaquina Matos, “a participação do projeto Molião no projeto I+D+i contribuirá, de forma decisiva, para a definição das opções museográficas a considerar no projeto de valorização do sítio arqueológico”.
Entretanto, para já, está a ser considerado, no projeto que está em curso a propósito da requalificação do museu municipal, um local para acolher uma exposição permanente que divulgue as peças recolhidas no Monte Molião e que conte, ao mundo, a história de Lagos.
(NOTÍCIA PUBLICADA NA ÍNTEGRA NA ÚLTIMA EDIÇÃO DO JORNAL DO ALGARVE – DIA 15 DE DEZEMBRO)
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