O poeta António Aleixo vai ser lembrado na Nave do Barão, freguesia de Salir, concelho de Loulé, no próximo dia 16 de novembro, às 21h00, na biblioteca Maria da Conceição Guerreiro.
A organização é da Associação Os Barões, que promete uma viagem poética pela vida e obra de António Aleixo, com poetas de Salir. O evento inclui ainda fados, canções e leitura coletiva de quadras e poemas.
“Segundo os mais antigos, António Aleixo vinha à Nave do Barão fazer récitas no salão do lavrador Valente (o homem mais rico da aldeia) e toda a aldeia se juntava ao serão para ouvir o grande poeta popular, que, como todos sabemos, teve uma vida muito difícil. Segundo estas fontes orais, o poeta pernoitava e no dia seguinte voltava a Loulé, levado em carro de besta carregado com oferendas dos agricultores, que pagavam o ‘cachet’ com grãos, feijão, favas, batatas, figos secos, farinha de trigo e de milho”, lembra a Associação Os Barões, que decidiu, assim, evocar essas memórias e realizar uma récita, no dia em que faz 68 anos da morte de António Aleixo, quando tinha apenas meio século de existência.
Aleixo nasceu em 18 de fevereiro de 1899, em Vila Real de Santo António, e falece a 16 de novembro de 1949, em Loulé. Foi guardador de cabras, cantor popular de feira em feira, soldado, polícia, tecelão, servente de pedreiro em França e “poeta cauteleiro”.
NC|JA