Loulé quer reforçar a vertente sustentável na 19.ª edição do Festival MED

Nesta 18.ª edição do MED, também se debateu a componente ambiental, com a realização de uma conferência, no Open Day, que juntou personalidades de várias áreas, subordinada ao tema “Sustentabilidade Ambiental nos Festivais de Música”

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Depois de ter introduzido várias medidas ambientais ao longo das últimas edições, no Festival MED, em 2023, a Câmara Municipal de Loulé quer reforçar esta visão com um Plano de Sustentabilidade que entre outras ações integre um sistema de medição da pegada ecológica para aferir o impacto do evento no ambiente.

À semelhança do que já acontece noutras iniciativas do género, pretende-se fazer o cálculo/estimativa das emissões de GEE (gases com efeito de estufa) resultantes da realização do festival e, posteriormente, compensá-las, por forma a obter a certificação como evento “Neutro em Carbono”. Este constituirá um dos grandes desafios para o ano de 2023, durante a 19.ª edição do evento, que contribuirá também para a prossecução das metas para 2030 dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).

Nesta 18.ª edição do MED, também se debateu a componente ambiental, com a realização de uma conferência, no “Open Day”, que juntou personalidades de várias áreas, subordinada ao tema “Sustentabilidade Ambiental nos Festivais de Música”.

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Numa iniciativa que teve como parceira a Associação Portuguesa de Festivais de Música (APORFEST), o presidente desta entidade e moderador da sessão, Ricardo Bramão, sublinhou o facto de os festivais serem “porta-estandartes da questão da sustentabilidade”. E o MED “não foge à regra”, como pôde aferir o seu diretor e vereador do município de Loulé, Carlos Carmo, elencando as ações que têm sido implementadas no festival que já foi distinguido nos Iberian Festival Awards precisamente pelo Melhor Contributo para a Sustentabilidade (2019).

Enquadrado naquilo que é também a sensibilização da autarquia para com esta matéria, o copo ecológico foi desde logo a primeira “peça do puzzle” da sustentabilidade no festival. “Só na primeira edição, em 2014, permitiu poupar uma tonelada de plástico descartável por noite””, lembrou Carlos Carmo. A partir daqui foi desenvolvido um conjunto de iniciativas que têm permitido mitigar a pegada de carbono. É o caso dos bebedouros espalhados pelo recinto para evitar a corrida às garrafas de plástico; a implantação de “papa-chicletes” e dispensadores para beatas; a atribuição do “selo verde” do Fundo Ambiental, em 2017, para a vertente da Energia, que permitiu introduzir painéis fotovoltaicos na zona da restauração, levando a uma redução de cerca de 70% na energia elétrica; ou ainda a inclusão do projeto “Zero Desperdício”, com a presença da Associação Refood.

Já este ano, uma das novidades do Festival MED teve a ver com a introdução de algumas peças e mobiliário criado a partir de materiais reciclados. No âmbito do projeto Infinity, nove artistas do Loulé Design Lab foram a desafiados a produzir estes elementos a partir de resíduos, que ganharam vida em espaços como o Palco Hammam ou na área do Cinema MED.

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