Uma marcha lenta pelo fim das portagens na A22 (Via do Infante) está marcada para o dia 8 de dezembro, data em que se assinalam 11 anos da existência destas taxas, anunciou a Comissão de Utentes.
Esta marcha lenta de viaturas vai decorrer na Estrada Nacional 125 desde o Largo da República da Luz de Tavira até à Câmara Municipal de Tavira, a partir das 15:00.
“Têm sido 11 anos de autêntico retrocesso para o Algarve, em que a mobilidade na região regrediu mais de 20 anos e as desigualdades económicas, sociais e territoriais se agravaram”, refere a Comissão de Utentes da Via do Infante, em comunicado.
A comissão explica que “as portagens na Via do Infante obrigaram ao desvio do trânsito para a EN125, ainda hoje não totalmente requalificada entre Olhão e Vila Real de Santo António e que tem contribuído para o aumento da sinistralidade rodoviária na região”, acusando o PS e o PSD de serem “os principais responsáveis pela discriminação das populações do Algarve”.
“É lamentável que o Orçamento de Estado para 2023 não contemple, mais uma vez, a eliminação das portagens na Via do Infante. A principal responsabilidade vai para o PS, mas também para o PSD. Estes dois partidos acabaram mesmo por inviabilizar propostas para acabar com as portagens no Algarve apresentadas por outras forças políticas. E António Costa continua a não cumprir a palavra dada aos algarvios em 2015 – acabar com as portagens se fosse governo. Até aos dias de hoje essa promessa não passou de palavras vazias e incumpridas”, acrescenta.
A comissão defende que o Governo deve suspender as portagens no Algarve enquanto a EN 125 não estiver totalmente requalificada.