Martim Sousa Tavares será o novo maestro da OCS em 2023

A OCS é herdeira da Orquestra do Algarve, passando a ter esta denominação em 2002, e o seu repertório estende-se dos compositores do século XVIII ao século XXI

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O maestro Martim Sousa Tavares vai ser o próximo maestro titular da Orquestra Clássica do Sul (OCS). O anúncio foi feito esta semana. Martim Sousa Tavares, de 30 anos, sucede a Rui Pinheiro, que estava na OCS desde 2015.

Em comunicado, a OCS esclarece que o vínculo de Sousa Tavares tem efeito a partir de janeiro próximo e deverá manter-se “até ao fim da temporada de 2025-2026”.

O maestro disse que vai acumular o cargo que tem na Orquestra Sem Fronteiras, que fundou em 2019, com as novas funções. O contrato estabelece que Martim Sousa Tavares dirija 50% dos concertos da OCS, explicou.

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“A escolha [do novo maestro], para a qual também foram ouvidos os músicos da OCS, resulta da vontade da nova estrutura diretiva da OCS, que assumiu funções em abril de 2021, que pretende reposicionar a orquestra, em sentido artístico e estratégico, aprofundando a sua natureza regional e a ligação com o território algarvio, ao mesmo tempo diversificando a oferta cultural”, lê-se no mesmo comunicado.

O presidente da OCS, António Branco, citado no mesmo documento, afirmou que “os contactos efetuados permitiram constatar uma elevada sintonia entre a atual visão da direção para OCS e a visão artística e cultural de Martim Sousa Tavares”.

“A aposta neste jovem e talentoso maestro permitirá renovar os métodos de trabalho, os repertórios e o papel da OCS na difusão da música erudita junto de públicos muito diversificados, incluindo os jovens“, atestou António Branco.

Para o maestro, citado no mesmo comunicado, “este é um passo significativo” no seu “crescimento profissional”.

“Sinto que posso contribuir não só com conhecimento musical, mas também com a minha experiência de direção de projetos e trabalho em equipa. Ao mesmo tempo, guardo dos concertos que fiz com a OCS uma memória feliz e tenho grande vontade de contribuir para o crescimento da orquestra, não só na sua qualidade musical, mas também com ideias novas sobre a programação artística, tipologias de concertos e outros artistas convidados”, afirmou Sousa Tavares.

A OCS é herdeira da Orquestra do Algarve, passando a ter esta denominação em 2002, e o seu repertório estende-se dos compositores do século XVIII ao século XXI.

A orquestra, apoiada financeiramente pelo Ministério da Cultura, já efetuou concertos com Pedro Abrunhosa e Dino D’Santiago, entre outros.

Martim Sousa Tavares é licenciado em Ciências Musicais pela Universidade Nova de Lisboa (2012) e em Direção de Orquestra, pelo Conservatório de Música de Brescia, Itália (2016, com a nota máxima).

Sousa Tavares efetuou o Mestrado em Direção de Orquestra, pela Bienen School of Music, da Northwestern University (2018), nos Estados Unidos, também com a nota máxima.

Em 2016, fundou a Orchestra di Maggio, em Brescia, que dirigiu, e em 2019 fundou a Orquestra Sem Fronteiras, em Idanha-a-Nova, no distrito de Castelo Branco. Aquando da apresentação da OSF, em fevereiro de 2019, Martim Sousa Tavares disse que a orquestra visava “fixar talento jovem” no interior de Portugal, e dinamizar em termos culturais estas regiões e a zona da raia luso-espanhola.

A orquestra tentava dar resposta ao “jovem músico que não tem a possibilidade, depois de feitos os seus estudos, de se fixar na sua região”, disse o maestro referindo os recursos humanos que são “desaproveitados”.

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