Maternidade e urgência pediátrica do Hospital de Portimão encerradas por falta de profissionais

O atendimento por médicos especialistas está assegurado pelo Serviço de Urgência Pediátrica de Faro

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Os serviços de maternidade, urgência e internamento pediátrico do Hospital de Portimão foram encerrados esta manhã, não havendo data para a sua reabertura. Os doentes internados terão sido transferidos para Faro, denunciou esta quinta-feira o presidente do PSD do Algarve.

“Devido ao facto de não haver pediatra escalado no Serviço de Pediatria […], a partir das 09:00 de 01/06 não poderá ser dado apoio ao Bloco de Partos/Serviço de Urgência/Internamento Pediatria/Neonatologia e Berçário”, lê-se numa circular do Centro Hospitalar Universitário do Algarve (CHUA).

De acordo com o documento, devido à ausência do médico especialista em Pediatria, na unidade de Portimão, o atendimento será realizado por médicos não especializados e o atendimento por médicos especialistas está assegurado pelo Serviço de Urgência Pediátrica de Faro.

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“Face ao exposto será necessário proceder-se à transferência dos doentes que não possam ter alta, a partir das 09:00 do dia 01/06, progressivamente”, para Faro, conclui a circular.

O PSD denunciou, também num comunicado enviado às redações, “a gravíssima decisão de encerramento […], sem que haja qualquer data prevista para a sua reabertura”.

“Esta é uma decisão inaceitável, é o SNS [Serviço Nacional de Saúde] a bater em retirada do barlavento algarvio: as grávidas vão dar à luz, nalguns casos, a mais de 100 quilómetros, qualquer episódio de urgência ou internamento de todas as crianças e jovens até aos 18 anos passará a ter lugar em Faro”, afirmou Cristóvão Norte, presidente do PSD Algarve, citado na nota.

Segundo a secção regional daquele partido político, vai ter lugar “ainda hoje” uma “reunião de urgência” entre o diretor executivo SNS, Fernando Araújo, e responsáveis do Centro Hospitalar do Algarve.

“Não havendo prazo para a reabertura, tememos que se trate de um encerramento definitivo que ainda não há coragem de assumir publicamente”, afirmou Cristóvão Norte, que apelou ainda ao ministro da Saúde e ao diretor executivo do SNS “que travem esta decisão profundamente lesiva da oferta assistencial da região.”

O JA tentou obter um esclarecimento da administração do Centro Hospitalar Universitário do Algarve (CHUA), mas sem sucesso.

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