Merkel estará disposta a deixar a Grécia sair do euro

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Segundo a Der Spiegel, O Governo alemão considera que a saída da Grécia da zona euro é quase inevitável

A chanceler alemã, Angela Merkel, estará disposta a aceitar a saída da Grécia da zona euro, se os gregos elegerem um Governo que elimine a austeridade em curso no país, avança a revista alemã Der Spiegel.

O artigo cita fontes próximas do Governo alemão e surge três semanas antes das eleições antecipadas na Grécia, num momento em o partido da esquerda radical, Syriza, de Alexis Tsipras, se tem mantido às frente nas intenções de voto. O partido prometeu reverter as reformas impostas pelos credores internacionais e renegociar o acordo de resgate do país.

“O Governo alemão considera que a saída [da Grécia] da zona euro é quase inevitável se o líder da oposição, Alexis Tsipras, vier a liderar o Governo após a eleição, abandonando a disciplina orçamental e não pagando as dívidas do país”, noticia o Der Spiegel.

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Tanto Merkel como o ministro das Finanças, Wolfgang Schäeuble, teriam uma visão menos dramática de uma potencial saída da Grécia do conjunto de países que partilham o euro. Para ambos, avança o jornal, citando fontes anónimas, “tal resultado seria suportável”.

A revista alemã cita ainda Ralph Brinkhaus, líder parlamentar da CDU, que encara a saída da Grécia como “aceitável. “Uma saída da Grécia da zona euro seria muito menos dramática para o resto da Europa do que há três ou quatro anos”.

“O risco de contágio para outros países é limitado porque se considera que Portugal e a Irlanda estão reabilitados”, lê-se no artigo, onde é sublinhado não haver resposta para a pergunta sobre como é que um país sai da zona euro e se mantém na União Europeia.

Berlim confirmou este domingo estar confiante de que a Grécia cumpra o programa de resgate. “A Grécia cumpriu as suas obrigações no passado. O Governo assume que a Grécia vai continuar a cumprir os seus compromissos contratuais” com os seus credores, afirmou o porta-voz governamental Georg Streiter à France Presse, citada pela Lusa.

Contudo, um porta-voz do Ministério das Finanças alemão disse que Schäeuble não quis comentar a notícia da Der Spiegel.

O Parlamento da Grécia foi dissolvido na quarta-feira depois de não ter chegado a acordo sobre o sucessor do Presidente da Grécia, Karolos Papoulias, e as eleições antecipadas convocadas para 25 de janeiro.

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