A chanceler alemã Angela Merkel rejeitou hoje a utilização dos fundos de pensões como garantia do fundo de solidariedade através do qual o Governo do Chipre pretende angariar 5,8 mil milhões de euros, sem os quais não receberá o resgate de 10 mil milhões de euros.
A nacionalização dos fundos de pensões de empresas com capitais públicos deveria contribuir com quatro mil milhões de euros para o fundo de solidariedade. O chumbo de Merkel permite antever uma eventual recusa do plano B cipriota por parte da troika, formada pela Comissão Europeia, o Fundo Monetário Internacional (FMI) e o Banco Central Europeu (BCE).
Angela Merkel falava numa reunião extraordinária do grupo parlamentar do partido CDU/CSU (cristãos-democratas e social-cristãos bávaros), durante a qual avisou ainda o Governo de Nicósia que não deve pôr à prova a paciência da troika.
Segundo dois deputados da coligação de centro-direita que apoia a chanceler, citados pela Reuters, Merkel disse que queria que o Chipre permanecesse na Zona Euro, mas que teria de reestruturar o sector bancário.
JA | REDE EXPRESSO