Ministro da Economia desvaloriza baixa do PIB

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O ministro da Economia contrariou esta sexta-feira a ideia de que a baixa do PIB em 0,7%, relativamente ao primeiro trimestre deste ano, possa alterar a projeção de crescimento prevista para 2014, considerando que é possível cumprir as metas traçadas para este ano.

“Se continuarmos a trabalhar na direção correcta, estamos em condições de poder cumprir e até superar as expectativas de crescimento económico que temos para 2014”, disse Pires de Lima, que falava aos jornalistas em Pequim, no final de um seminário económico que juntou empresários portugueses e chineses, no decurso da visita de Estado que o Presidente da República está a efetuar à China.

Segundo o ministro, a economia portuguesa cresceu 1,2% no primeiro trimestre de 2014 em termos homólogos, enquanto na Europa o crescimento médio foi de 0,9%. “Este é um crescimento em linha com os objetivos que temos para este ano, e que é pelo menos de 1,2%”, afirmou, acrescentando que a taxa de desemprego foi de 15,1%, o que está abaixo das estimativas macro-económicas.

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Para Pires de Lima, numa economia com uma sazonabilidade muito forte como é o caso da portuguesa, o primeiro trimestre é o mais difícil e o facto de, apesar disso, se ter atingido a taxa de crescimento perspetivada e da taxa de desemprego ser inferior ao esperado, são dados positivos.

O ministro disse também que a baixa do PIB não quebrou nenhuma euforia, até porque – afirmou – ele próprio sempre tem alinhado por um discurso de prudência e considera que a euforia é “má conselheira”.

“Há quem cante hinos da desgraça”

“A economia portuguesa está em fase de viragem, que é gradual e consistente, mas estamos na direção certa. Há ainda muito trabalho a fazer e o discurso da euforia está dissociado da vida real”, disse.

“Há muita gente em Portugal com responsabilidades políticas que aproveita qualquer noticia para cantar hinos da desgraça”, declarou ainda. “O comportamento da economia depende sobretudo da capacidade dos empresários, gestores e trabalhadores, acreditamos na sua capacidade e as empresas sabem que têm no Governo um parceiro para continuarem a crescer”.

O ministro também desvalorizou ao abrandamento das exportações, relacionando-o com a paragem da refinaria de Sines durante 45 dias e destacou que, no conjunto do trimestre, elas cresceram 2%.

“Continuamos confiantes den que vamos atingir o objetivo do crescimento das exportações que está traçado, embora ele dependa do comportamento do sector privado”, declarou, acrescentando que, por exemplo, ao nível do turismo houve um crescimento de 6,5%”.

RE

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