Um mural do artista de Lagoa Stephen Jones, conhecido como Huariu, feito no ano de 2022 em Cambre, Espanha, está nomeado para melhor do mundo pela plataforma Street Art Cities, foi comunicado esta segunda-feira.
Em comunicado, a autarquia de Lagoa, refere que a votação para eleger o vencedor entre os 100 melhores ‘grafitties’ do mundo decorre até ao dia 27 de janeiro.
A votação está a decorrer na página oficial da comunidade Street Art Cities.
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Que me perdoem os entusiastas deste tipo de “arte” (entre comas), que não é mais, no fundo, do que um incentivo, para que, fora da sua prática regulada, se caia, inevitavelmente, no abuso – como vemos, um pouco, por todo o lado –, em que, indistintamente, na calada da noite, tudo serve como espaço sujar, pintalgar, sem respeito por nada nem por ninguém.
Paredes de moradias, carruagens de combóios – como, perto de mim, se pode observar, às dezenas – e, não raro, até monumentos, tudo serve para que artistas falhados conspurquem, criminosamente, aquilo que, dantes, seria impensável ver.
É, pois, lamentável, que sejam entidades públicas, com o nosso dinheiro de contribuintes, a incentivar este tipo de iniciativas que, depois, inevitavelmente, descambam, lateralmente, para serem mimetizadas, onde quer que seja.
Fiz também um comentário no seguimento do seu com o qual concordo plenamente.
Tenho com insistência sugerido várias vezes e quando tenho oportunidade que a AMAL tome a iniciativa de realizar com a UAlg um “study case” no qual participariam especialistas, representantes das autoridades públicas, representantes das organizações profissionais ligadas ao turismo, “graffiters” reputados etc. para que se compreenda melhor este fenómeno que alastra por todo o país, e especialmente no Algarve, que está maculado em locais públicos ou privados irreversivelmente, com prejuízos avultados para quem é vítima de esse fenómeno de pinchagens que nada tem a ver com a dita “street/urban art”.