Patrice Emery Trovoada, eleito primeiro ministro nas eleições do passado 01 de agosto, tomou posse hoje juntamente com os 10 ministros e um secretário de estado.
No discurso de posse, o novo chefe de executivo são-tomense reconheceu que os problemas sociais e estruturais do arquipélago são imensos, as expetativas da população neste governo são grandes, mas não promete milagres.
“Não há solução miraculosa. A ajuda externa não é eterna, o petróleo e a tão desejada plataforma de serviço não atingiram níveis de sustentação para serem tomados como fatores de solução. Mas existe maneira de responder mais e melhor as necessidades dos nossos compatriotas, com trabalho sério e dedicado, com diálogo sério e permanente e com imaginação e tomada de decisão”, disse Patrice Trovoada.
Reconheceu que o acumular de problemas sociais em São Tomé e Príncipe se deveu a falta de vontade e de “espírito de solidariedade dos que já governaram o país, o que conduziu ao agravamento da situação de pobreza extrema.
“A falta de coragem e muitas vezes de vontade, o egoísmo o egocentrismo a falta de solidariedade social e sobretudo o espírito predatório e delapidatório do bem público faz com que o estado não responde as necessidades básicas da população” explicou o novo chefe do executivo são-tomense.
Recordou aos partidos da oposição parlamentar que o povo espera “resultados concretos e visíveis” a curto e médio prazos, ao invés de querelas permanentes e “estratégias de destabilização” do poder.
“Este governo não se define em termos de perdedores ou de vencedores, é o governo da república com um mandato claro que é de contribuir substancialmente na melhoria da situação económica e social dos são-tomenses”, acrescentou.
Patrice Trovoada lembra ainda que é necessário saber interpretar as aspirações de mudança que as populações fizeram refletir nas urnas e promete “tudo fazer para que “haja essa mudança”
“Com coragem e determinação conservando tudo aquilo de positivo que foi o contributo dos governos anteriores e fazendo e transformando o que não foi ainda feito ou que ficou por fazer”, concluiu.
