Novo projeto vai restaurar o ecossistema agro-florestal do Ameixial

Está prevista a plantação de cerca de 30 mil plantas autóctones

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A Unidade Avançada de Proteção Civil de Vale Maria Dias, em plena Serra do Caldeirão, recebeu, no dia 9 de fevereiro, uma sessão de apresentação do projeto REACT, dirigida a proprietários de terrenos na freguesia do Ameixial, onde se irá desenvolver a iniciativa.

Combater a desertificação do território e, ao mesmo tempo, promover a sua resiliência face ao risco, através da rearborização e de ações que promovam o aumento da fixação de carbono e de nutrientes no solo, é o grande objetivo do projeto financiado pelo Plano de Recuperação e Resiliência, no âmbito do apoio à transição climática.

Um grupo de proprietários locais participou na reunião para receber algumas informações e esclarecimentos. Por parte do município, Patrícia Cruz, apresentou o investimento que será levado a cabo ao abrigo do REACT, assim como todos os trabalhos a realizar e os equipamentos a adquirir. Carla Cristo, da Associação de Produtores Florestais da Serra do Caldeirão, entidade parceira no projeto, deixou igualmente algumas diretrizes aos presentes sobre a candidatura aprovada.

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Segundo a autarquia, os proprietários aceitaram desde logo “participar na implementação do projeto, elogiando as ações e o desiderato que se pretende alcançar”.

O presidente da Câmara Municipal de Loulé, Vítor Aleixo, presente no encontro, mostrou a sua satisfação pela aprovação da candidatura, “uma iniciativa que tem o foco na adaptação à mudança do clima que está também a ter sérias implicações na vida no mundo rural”.

Com este projeto, pretende o município de Loulé requalificar uma área de 147 hectares no Ameixial, de forma a obter “um mosaico diverso potenciador da biodiversidade, valorizando os serviços ecossistémicos e contribuindo para uma maior resiliência do território”. Procura-se ainda assegurar, em simultâneo e de modo sustentável, “a manutenção desta área, procedendo ao restauro e requalificação dos sistemas agroflorestais de medronheiros, sobreiros e azinheiras, e valorização do pomar misto de sequeiro característico da região algarvia”, refere a autarquia em comunicado.

As ações preconizadas de melhoria de pastagens e sua incorporação “irão melhorar o sumidouro de carbono na área de implementação do projeto, assim como a sua estrutura”. Por outro lado, prevê-se que esta iniciativa “assegure as condições necessárias para a preservação dos solos, fomentando intervenções agroflorestais de conservação e manutenção, nomeadamente cobertura do solo biodiversa e melhoramento da sua estrutura através da fixação e melhoria da fertilidade e infiltração da água”.

Está prevista a plantação de cerca de 30 mil plantas autóctones.

Financiado na totalidade pelo REACT – EU / 2021 – Apoio à Transição Climática, este projeto conta com um investimento de 735 448,84 euros.

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