Passos e Portas preparam remodelação

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Paulo Portas tem estado reunido com o PM. Demora na substituição de Relvas é lida na maioria como estando em curso remodelação mais ampla, com eventual reforço de Portas. Mas Passos pode querer remodelar a dois tempos.

O sigilo é total mas o facto de Pedro Passos Coelho ainda não ter substituído Miguel Relvas é visto na maioria como um sinal de que o primeiro-ministro está a trabalhar numa remodelação mais alargada. A dúvida é se consegue concluí-la antes de Cavaco Silva partir para a Colômbia, na próxima segunda-feira, de onde só regressa no dia 21.

Até à reunião do Ecofin. de quinta e sexta-feira – onde todas as atenções se concentram nos sinais que serão dados a Portugal sobre o alargamento das maturidades dos nossos empréstimos ao exterior – não é crível que o primeiro-ministro avance com mexidas no Governo. Mas após o Conselho de Ministros de quinta-feira e até à partida de Cavaco na segunda, há tempo para Passos remodelar e o Presidente da República dar posse aos novos ministros.

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Se Miguel Relvas for entretanto substituído, isso poderá querer dizer que o primeiro-ministro adiou as mexidas mais profundas para depois do Presidente voltar, a 21, ou mesmo para mais tarde. A remodelação em dois tempos é uma hipótese admitida nos bastidores da maioria.

Certo é que Paulo Portas passou ontem grande parte da tarde em S. Bento e os dois parceiros de coligação estão já a trabalhar com vista a uma remodelação que vá para além da saída, apenas, do ministro-adjunto. Como o Expresso noticiou na sua penúltima edição, os dois líderes já tinham começado a falar sobre o assunto.

O jogo de equilíbrios entre PSD e CDS é uma das questões em causa – a saída de Assunção Cristas, a meses de ser mãe, é contestada na maioria, mas Portas não quererá tirar Pedro Mota Soares, o que poderá terminar na manutenção dos dois nomes centristas.

A informação é muito escassa, mas fontes próximas do primeiro-ministro e de Paulo Portas admitem que esteja a ser analisado um reforço da posição do líder do CDS na coordenação política do Executivo (com a sua ascensão a vice primeiro-ministro?), podendo Luís Montenegro, actual líder parlamentar do PSD e que mantém uma ótima relação com o CDS, ficar como ministro adjunto ou dos Assuntos Parlamentares.

Para o lugar de Álvaro Santos Pereira – que continua a ser dado como remodelável, o nome mais apontado no PSD e no CDS é o de Pedro Reis, atual presidente da AICEP. A criação de uma nova Secretaria de Estado da Indústria poderá estar em causa, surgindo o nome do deputado do PSD, Luís Campos Ferreira, como hipótese.

Ângela Silva e Filipe Santos Costa (Rede Expresso)
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