O Partido Comunista Português (PCP) disse na semana passada que as populações e empresas do Algarve são vítimas da gestão privada dos CTT, anunciou o partido.
Denunciando a “profunda degradação do serviço postal em toda a região do Algarve”, o PCP acusa o Governo PSD/CDS, que privatizou os CTT em 2014, de ter causado “consequências negativas”.
“A lógica de uma gestão desligada dos interesses e necessidades das populações e amarrada aos milhões de euros de lucros que os acionistas estão a ganhar, é a que prevalece. Continua o encerramento de balcões e a redução do seu horário de funcionamento, o despedimento de milhares de trabalhadores (mais de 4000 desde a privatização) e a incapacidade – dados os baixos salários – para fixar novos trabalhadores e a transformação dos CTT num banco privado, em detrimento do serviço postal de qualidade que deveria assegurar”, refere o partido.
O PCP acrescenta que no Algarve “multiplicam-se as queixas e as denúncias quanto aos atrasos na
entrega do correio”, principalmente durante o verão, com “reformados a receberam a sua reforma dez dias depois do previsto, com faturas da luz a chegar aos clientes já depois dos prazos de pagamentos, com a imprensa regional a queixar-se de que os jornais chegam a casa dos leitores duas a três semanas depois, com as populações e as empresas prejudicadas com o correio normal e mesmo o azul a chegar cada vez mais tarde”.
Este tipo de problemas sentem-se mais nas populações mais isoladas da serra e do interior algarvios, mas também nos grandes centros urbanos devido à redução de giros por parte dos carteiros que “não têm mãos a medir para tanto trabalho”.
“Tudo isto acontece com a completa cumplicidade do governo PS que, em vez de ter recuperado para o Estado o controlo e a propriedade dos CTT, ainda recentemente prolongou o contracto de concessão do serviço postal até 2028”, acusa o partido.
O PCP exige que o Algarve tenha “um serviço postal de qualidade e proximidade” e reclama “uma intervenção urgente do Governo”.
