Pires de Lima rejeita aumento de impostos em 2015

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O ministro da Economia, em entrevista à TSF e ao Diário de Notícias, defende que é “indesejável” aumentar impostos em 2015

O ministro da Economia, António Pires de Lima considera “indesejável” aumentar impostos em 2015 e diz mesmo que a prioridade é inverter essa tendência. “É indesejável para a economia portuguesa, é indesejável para a recuperação económica, que ainda precisa de ser sustentada e consolidada, aumentarmos os impostos para 2015”, sublinhou.

Em entrevista ao programa O Estado da Nação da TSF, e ao Diário de Notícias, Pires de Lima revelou que a “a prioridade para 2014, se existir espaço orçamental para que isso se verifique, isso não depende só do Governo, é inverter a tendência na reforma do IRS”. “E o próprio Governo, como já se sabe, nomeou uma comissão da reforma do IRS que é suposto apresentar resultados já em julho deste ano”, acrescentou.

“Nós tivemos de fazer um aumento substancial, enorme, de impostos ao nível do IRS, a receita cresceu 30% em 2013. E devo-lhe dizer que se há matéria em que, eu creio, o Governo não se sente confortável, no sentido em que gostaria de inverter esta tendência de aumento de impostos, é em matéria do IRS”, disse.

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Energia em Portugal acima da média europeia

O governante reconheceu ainda que, segundo dados fornecidos pelo Eurostat e análises elaboradas pelo Governo, a energia em Portugal é cara quando comparada com a média europeia. “Eu acho que os consumidores em Portugal ao nível da energia, nomeadamente no gás mas também, eventualmente, na eletricidade, estão a pagar um custo talvez superior à média da União Europeia”. Pires de Lima atribui este facto à necessidade de cobrir o défice tarifário que se acumulou em Portugal durante vários anos.

O custo do gás natural para as empresas em Portugal é caro, assumiu ainda o ministro, enquanto a eletricidade está dependente de outros fatores, relacionados com a negociação e a escolha do fornecedor.

“Ao nível da Europa, a Península Ibérica esteve numa espécie de ilha, em termos de mercado energético. Portugal não beneficia das interconexões com o resto da Europa que permitam que o mercado ibérico de energia funcione num regime concorrencial, como seria desejável”, frisou Pires de Lima.

Candidato a Belém deve ser escolhido e motivado

António Pires de Lima defendeu que nunca “diabolizou” os juízes do Tribunal Constitucional e que “ninguém ganha nada em diabolizar quem quer que seja, muito menos pessoas que estão a exercer a função com o poder e o estatuto que [eles] têm”.

Sobre qual será o melhor candidato para uma candidatura a Belém, Pires de Lima disse que “gostaria que o PSD e o CDS-PP apoiassem um candidato no momento decisivo das eleições presidenciais que tivesse possibilidades de ganhar”. Mais do que dizer quem é o seu candidato, o dirigente frisa a importância de encontrar a pessoa em melhores condições para disputar essas eleições, e de “tentar criar as condições para estimular e motivar [essa] pessoa”.

Pires de Lima referiu-se, no entanto, a várias sondagens que indicam Marcelo Rebelo de Sousa como a pessoa mais bem colocada “para disputar eleições representando o espaço do centro e da direita democrática”.

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