Portugal ultrapassa Espanha, Irlanda, Itália… e aproxima-se da Noruega

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Despesa de Portugal em investigação e desenvolvimento em percentagem do PIB ultrapassou a Espanha, Irlanda, Itália e República Checa em 2008, aproximando-se da Noruega.

O investimento em Portugal em investigação e desenvolvimento mais do que duplicou entre 2005 e 2009
A despesa de Portugal em atividades de investigação e desenvolvimento (I&D) atingiu 1,55% do PIB (riqueza produzida) em 2008, ultrapassando os valores da República Checa, Irlanda, Espanha e Itália e aproximando-se da Noruega (1,62%), revelou na segunda-feira o Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT).

E em 2009 as estimativas provisórias do MCT apontam para um valor – 2791 milhões de euros (mais 10% que em 2008) – que atinge 1,71% do PIB nacional, aproximando Portugal da média da União Europeia (1,9%).

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O investimento português mais do que duplicou entre 2005 e 2009 e o seu crescimento verifica-se tanto no setor público como no setor empresarial, apesar do clima recessivo que tem atingido a economia portuguesa nos últimos anos. De facto, o número de empresas com atividades de I&D subiu de 1833 para 1989 em 2009 e a despesa dessas empresas quase triplicou desde 2005.

O crescimento mais rápido da Europa

Estas estatísticas foram apuradas no âmbito do Inquérito ao Potencial Científico e Tecnológico Nacional 2009, cujos resultados foram apresentados na segunda-feira pelo secretário de Estado da Ciência e Tecnologia, Manuel Heitor, no Pavilhão do Conhecimento, no Parque das Nações em Lisboa.

O evento contou também com a intervenção de José Sócrates, do ministro da Ciência e Tecnologia, Mariano Gago, e de Alexandre Quintanilha, secretário do Conselho dos Laboratórios Associados.

Mariano Gago sublinhou que “foi a acumulação de cientistas competentes e a sua fixação em Portugal – ao contrário do que aconteceu na Irlanda e na Grécia – que permitiu estes resultados”.

O ministro acrescentou que o investimento em I&D em Portugal teve o crescimento mais rápido da Europa. “Só se encontra um caso semelhante de crescimento tão rápido nos países da OCDE na Coreia do Sul, há cerca de uma década”, recordou Mariano Gago.

E o nosso país não cresceu apenas no investimento, “porque há hoje muitos resultados do ponto de vista científico, tecnológico e económico, o que só se consegue com muitos anos de trabalho”.

Virgílio Azevedo/Rede Expresso

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