Primeiro concorrente à privatização do lixo apresenta proposta

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O grupo Egeo e a Antin Infrastructure Partners uniram-se em consórcio para concorrer à privatizacao da EGF-Empresa Geral de Fomento, uma operação que está recheada de incertezas.

O consórcio entrega esta terça-feira a sua proposta apesar de não se saber se a privatização da empresa monopolista de recolha e tratamento de resíduos sólidos urbanos se concretizará.

“É uma oferta indicativa tendo como pressupostos a criação da regulação em falta e a resolução de qualquer litígio”, disse Bernardo Sottomayor, sócio português do fundo privado, na apresentação do consórcio.

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A EGF gere 11 sistemas e tem como sócios os municípios, que contestam esta privatização. O valor da proposta nao foi revelado. A avaliação que tem sido referida publicamente, da consultora Roland Berger, e que aponta para valores que chegam a 170 milhoes de euros, está já desajustada por ter havido alteração da regulação, dizem os responsáveis deste consórcio.

O vencedor terá também de fazer investimentos na EGF para aumentar a reciclagem e reduzir a ida de resíduos para aterro. Ate 2034 esse investimento ronda os 650 milhões de euros, segundo o Governo.

Além deste consórcio, a Mota-Engil também tem afirmado que vai concorrer, tal como a brasileira Odebrecht em parceria com a Solvi. Mas ao todo, pelo menos sete empresas têm sido apontadas como potenciais interessados na EGF.

Após esta primeira fase, com a entrega esta terça-feira das propostas indicativas, haverá uma segunda em que os concorrentes terão de apresentar propostas vinculativas.

Aposta na internacionalização

Este consórcio vai apostar na internacionalização da EGF e já identificou alguns mercados, disse Filipe Serzedelo presidente da Egeo, sem dar pormenores. Tanto a Egeo e os seus accionistas como o Antin têm operações em vários países.

Sobre os investimentos na EGF, serão em parte financiados pelas receitas da própria empresa e subsídios.

Para a compra da EGF, a Egeo irá recorrer a endividamento para financiar a sua fatia enquanto o fundo entrará com capital próprio. A empresa portuguesa é detida em partes iguais por quatro grupos familiares. Quanto ao fundo, gere ativos de mais de 1000 milhões de euros.

“Neste consórcio, a liderança operacional será da Egeo e a financeira será da Antin”, afirmou Serzedelo.

RE

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