Professores estão hoje em greve contra o Orçamento do Estado

A greve coincide com a ida do ministro da Educação, João Costa, ao parlamento para ser ouvido no âmbito da discussão na especialidade do OE2023, que prevê 6,9 mil milhões de euros para o ensino básico e secundário e administração escolar

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Os professores realizam esta quarta-feira, dia 2, uma greve nacional contra o Orçamento do Estado para 2023 e o que consideram ser “a falta de investimento na Educação“, no dia em que o ministro é ouvido no parlamento sobre a proposta.

A greve foi convocada por sete organizações sindicais, incluindo a Federação Nacional dos Professores (Fenprof) e a Federação Nacional da Educação (FNE), que exigem a valorização da carreira docente, o combate à precariedade e a necessidade de promover o rejuvenescimento do setor.

A greve coincide com a ida do ministro da Educação, João Costa, ao parlamento para ser ouvido no âmbito da discussão na especialidade do OE2023, que prevê 6,9 mil milhões de euros para o ensino básico e secundário e administração escolar.

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Para as estruturas sindicais que representam os professores, este valor é, no entanto, “insuficiente” e representa o que consideram “o subfinanciamento do setor.” Por outro lado, consideram também que o OE2023 “deixa por responder vários problemas”.

As reivindicações são comuns e incluem medidas que tornem a profissão mais atrativa, o fim das vagas de acesso aos 5.º e 7.º escalões, o combate à precariedade, a criação de estímulos para atrair professores para zonas com falta de profissionais e a recuperação do tempo de serviço congelado.

Recentemente, os sindicatos têm-se manifestado também contra o novo regime de mobilidade por doença, que foi revisto em junho, introduzindo um conjunto de critérios que limitam a transferência de professores.

O protesto acontece também numa altura em que decorre o processo negocial do regime de recrutamento e mobilidade de docentes, havendo uma proposta concreta do Ministério da Educação que já foi rejeitada pelas organizações sindicais.

Em causa, está a possibilidade de os diretores escolares contratarem diretamente uma parte do seu quadro docente, tendo em conta o perfil dos docentes.

Além da greve, a Fenprof convocou para o mesmo dia uma concentração em frente à Assembleia da República a partir das 15:00, uma hora antes do início da audição de João Costa. A FNE vai promover iniciativas com dirigentes sindicais em várias escolas do País, durante a manhã.

Há duas semanas, o ministro da Educação disse, a propósito da greve, que cabe aos sindicatos o papel de reivindicar e ao Governo compete “continuar o investimento na educação”, assegurando que Portugal tem registado um crescimento continuado e consolidado nas despesas com o setor.

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