A Assembleia Distrital do PSD/Algarve, reunida no passado dia 23 de julho em Loulé, aprovou uma moção onde se mostra “totalmente contra” o encerramento dos serviços de urgência na região do Algarve.
Um relatório realizado pela Comissão para a Reavaliação da Rede Nacional de Emergência e Urgência para o Ministério da Saúde propõe o fecho de 12 serviços de urgência em todo o país, entre os quais os de Lagos e de Loulé.
O PSD/Algarve já apelou ao ministro da Saúde para ter em consideração “a situação especifica do Algarve na análise do referido relatório”.
Na moção aprovada é possível ler que o Governo “deve ter em consideração que o Algarve tem realidades distintas do resto do País”. Os sociais democratas algarvios explicam estas diferenças “pelo número de população flutuante que recebe durante todo o ano” e devido ao facto de o critério utilizado, nomeadamente o de que os cidadãos não poderem estar a mais de uma hora de distância do serviço de saúde, “não é totalmente aplicável à realidade do interior algarvio”,
O PSD/Algarve recorda que “existe um deficit na rede de transportes públicos” que “torna difícil às populações do interior acederem de forma rápida e atempada aos serviços de saúde locais”, que o fecho das urgências de Loulé e Lagos “iria sobrecarregar os serviços do Hospital de Faro e do Hospital do Barlavento Algarvio” e, ainda, que “apesar dos constrangimentos financeiros que o País atravessa, o Algarve necessita de investimento na área da saúde, nomeadamente na construção do Hospital Central do Algarve”.
Assim, o PSD/Algarve apela a que o Ministério da Saúde “não tenha em conta as recomendações técnicas apresentadas pelo estudo em causa”, no que respeita ao Algarve, e que “sejam mantidas em funcionamento os serviços de saúde de urgência em Lagos e Loulé”.
