O presidente russo mostrou-se disposto a aceitar uma operação militar na Síria, caso seja provado que o regime de Bashar Al Asad usou armas químicas contra a população.
O presidente russo, Vladmir Putin, disse que ainda é “muito cedo” para falar nos planos da Rússia, caso os EUA avancem com uma intervenção militar contra a Síria, mas sublinhou que até pode aceitar a operação desde que seja provado que o regimw de Damasco usou armas químicas contra a população.
“Nós temos as nossas ideias sobre o que fazer e como atuar caso a situação se encaminhe para o uso de força contra a Síria. Nós temos os nosos planos”, afirmou Vladimir Putin, numa entrevista conjunta para o canal 1 da televisão estatal russa e para agência norte-americana AP.
“Mas não descarto aceitar uma operação militar na Síria se for provado que o regime de Bashar Al Asad usou armas químicas contra a população”, acrescentou o presidente russo, sublinhando que é preciso que o Conselho de Segurança autorize o uso da força militar, porque “todas as outras vias são inadmissíveis e podem qualificar-se de agressão.”
Segundo Vladimir Putin, se forem apresentadas provas convicentes por parte do Ocidente, a Rússia atuará de forma decisiva.
“Se tivermos dados objetivos e sólidos sobre quem cometeu esses crimes, teremos uma reação imediata. Dizê-la agora, de antemão, estaria errado. Não se atua assim em política”, declarou.
O presidente russo garantiu ainda que o país suspendeu a cedência de componentes dos sistemas de mísseis S-300 à Síria, sublinhando que a cooperação militar nesta aérea não violava o direito internacional.
O Senado norte-americano vota nesta quarta-feira uma proposta de resolução sobre uma intervenção militar contra a Síria, limitada a 90 dias.