Saladino, principal bairro de Alepo está sob o controlo do Exército do regime do Presidente Bashar al-Assad. Bombardeamentos contínuos e ataques com tanques e artilharia pesada na segunda maior cidade síria.
Os rebeldes sírios estão a perder a batalha contra as tropas do regime de Bashar Al-Assad, em Alepo. Depois de ter bombardeado o bairro de Saladino na manhã de segunda-feira, o Exército já controla a zona, assegurou uma fonte do Governo em declarações à televisão libanesa Al Manar.
As imagens de satélite hoje divulgadas pela Anministia Internacional – que denunciou a violência dos bombardeamentos – mostram que terão sido usadas armas pesadas em zonas residenciais, em Alepo, e na cidade vizinha, Anadan, onde se podem ver centenas de crateras abertas pelo impacto dos projéteis de artilharia.
De acordo com a agência Reuters, alguns rebeldes recusam-se a admitir a derrota, mas a verdade é que um posto de controlo que haviam estabelecido em Saladino na passada semana desapareceu. E um dos comandantes do Exército Livre sírio confirmou a entrada, em Saladino, de tanques do Exército de Al-Assad.
Pânico em Alepo
Esta manhã, enquanto helicópteros do regime do Presidente Bashar Al-Assad sobrevoavam uma esquadra da polícia que estava em poder dos rebeldes a um quilómetro de Saladino, o pânico instalou-se no principal bairro da cidade de Alepo. Um grupo de soldados do Exército Livre sírio corriam no meio do caos, utilizando walkie talkies, e gritavam “o Exército já entrou, o Exército já entrou”. Um dos comandantes rebeldes, Abu Ali, confirmou a entrada de tanques do Exército no bairro.
Até ao momento, continua a não haver informações concretas sobre o paradeiro do ex-primeiro-ministro Riad Hiyab. O dirigente desertou e fugiu da Síria, sendo posteriormente destituído. O seu porta-voz, Mohammed Aetri, disse que teria ido para a Jordânmia com a família, supostamente com a ajuda do Exército Livre da Síria. Mas a sua entrada naquele país foi desmentida pelo ministro da Informação da Jordânia, Sameh Maayatah.
De acordo com notícia da AFP, Riad teria deixado Amã rumo a outro país, provavelmente o Qatar ou a Turquia, informação que ainda não está confirmada.