O reitor da Universidade do Algarve (UAlg), Paulo Águas, e a vice-reitora para a Internacionalização e Desenvolvimento Sustentável, Alexandra Teodósio, integraram uma comitiva, em conjunto com representantes do município de Faro, que se deslocou aos Estados Unidos da América (EUA) para explorar novas parcerias com instituições de ensino superior americanas.
No dia 21 de fevereiro, os participaram representantes da UAlg participaram no evento “Contrasting Science Education and Science Research in Portugal and the US” na Universidade da Califórnia (Berkeley), que contou com a presença de Randy Schekman, Prémio Nobel de Medicina em 2013, da ministra da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior de Portugal, Elvira Fortunato, entre outras personalidades como o cônsul-geral de Portugal em São Francisco, Pedro Pinto (responsável pela Califórnia e a Costa Oeste dos Estados Unidos), e o embaixador de Portugal nos EUA, Francisco Duarte Lopes.
No dia 22 de fevereiro foi assinado o protocolo geral de colaboração ente a UAlg e a Universidade Estadual da Califórnia, em East Bay, Hayward, pela presidente Cathy Sandeen e pelo reitor Paulo Águas. Nessa sessão, marcaram presença o “City Mayor” de Hayward, Mark Salinas, o vice-presidente da Câmara Municipal de Faro, Paulo Santos, e a ministra da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Elvira Fortunato, que representa também o futuro compromisso das regiões algarvia e californiana, Hayward-Faro, com o ensino superior, investigação e inovação.
No mesmo dia, a comitiva participou ainda nas cerimónias de inauguração da restauração do Parque português centenário, Júlio Brás, em Hayworthe, e no seminário “Portugal Tech Talks”, promovido AICEP – Portuguese Trade & Investment Agency in SF, em São Francisco.
A terminar, no dia 23 de fevereiro, realizaram-se várias reuniões com dirigentes e professores da Universidade da Califórnia, East Bay, para a concretização da colaboração futura a nível do ensino online, em áreas como o turismo e as engenharias, entre outras.
Este é o caminho.
Costumo dizer que, se for proporcionado um ensino de qualidade, em condições de estrita igualdade de oportunidades, desde os primeiros bancos da escola, a um Português, do mesmo modo que o é a um Norte-Americano, Inglês, Alemão ou outro qualquer, o Português fará igual e, muito provavelmente, melhor.
Provámos já, à saciedade, que massa cinzenta temos que chegue e da de melhor qualidade, assim o provam muitos dos nossos jovens, que tiveram o privilégio de ver acompanhado e propiciado o seu percurso escolar e académico com as indispensáveis condições e que “explodiram” – permita-se-me a metáfora – em talento e frutos admiráveis de sabedoria.
Falo, designadamente, da área científica.
Comparo um pouco os neurónios portugueses a um campo há muito em pousio, que se tornou, pela deposição contínua de matéria orgânica, num terreno extremamente úbere, que, semeado, produzirá duas ou três colheitas ao ano, de superior qualidade.
Durante muito tempo, havia um facto que me intrigava : a existência de um tão grande número de elementos de origem judia a ocupar a galeria das grandes personagens, muito além do que seria expectável, em termos percentuais da sua população mundial, nos mais variados campos do conhecimento humano, incluindo os inúmeros laureados com o Prémio Nobel, nos mais variados campos do conhecimento humano.
A explicação é bem simples.
Para que lhes seja possível o acesso e a leitura dos ensinamentos da Torá, desde a mais tenra idade consciente, a educação das crianças judias é tratada com um carinho e atenção exemplares, pelo que o seu contacto com o veículo, por excelência, carreador da cultura, o livro, é algo que se lhes torna familiar e, mesmo, indispensável, além de ferramenta básica, pela vida fora, tanto nas suas vidas profissionais, como lúdicas.
É tão assim simples o seu segredo de êxito, consubstanciado nesse objecto mágico, que nos eleva e enriquece: o livro.