André Gomes apresentou, oficialmente, esta segunda-feira, dia 15, a sua candidatura oficial à presidência da Região de Turismo do Algarve (RTA). Promete uma candidatura “na linha da estratégia seguida pelo atual presidente João Fernandes” que subscreve “na íntegra”.
“Apresento-me hoje oficialmente como candidato à presidência da Região de Turismo do Algarve”, proferiu na sede da RTA, em Faro.
“Razões de coração para esta decisão tenho-as de sobra: o Algarve é o meu território afetivo, a minha casa, onde casei, tive filhos e a quem já dediquei 20 anos de trabalho, 15 deles na área do turismo”, começou.
“Atrevo-me, com esta candidatura, e porque, como o poeta, ‘tenho em mim todos os sonhos do mundo’, a levar mais alto e ainda mais longe o principal destino turístico do país (…) o melhor, o mais diversificado, o mais sustentável, o mais inovador, o mais capacitado (…)”, enfatizou.
No que toca a prioridades, especificou que a aposta “terá de incidir na diversificação e valorização da oferta e do produto turístico da região”, contando para isso com “o apoio da CCDR Algarve e do Programa Regional Algarve 2030”.
Em segundo lugar, “aumentar a promoção do destino, alicerçado nos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Agenda 2030 das Nações Unidas”, faz parte das ambições do atual candidato.
A “diversificação das fontes de financiamento, o fortalecimento das parcerias público-privadas e a melhoria da qualidade dos serviços e das infraestruturas turísticas”, são outros dos objetivos que André Gomes procurar almejar, frisando a importância de “incentivar o empreendedorismo”.
Para o final do discurso ficou “uma das grandes causas” que o irão “mover durante todo o período do mandato” – o subfinanciamento da RTA. “A verba do Orçamento de Estado atribuída às entidades regionais de turismo tem-se mantido inalterada desde 2016, uma realidade “reflexo de um forte desinvestimento no turismo do Algarve”. “É uma luta antiga da RTA que anteriores presidentes travaram sem o sucesso desejado, mas a que me proponho juntar com energia redobrada”,afirmou.
Estará também empenhado “na reforma da Lei n.º 33/2013, que estabelece o regime jurídico da organização e funcionamento das entidades regionais de turismo” e justifica: “há muito que a RTA provo, à semelhança de outras regiões de turismo, que tem condições para maior autonomia administrativa e financeira”.
A equipa que acompanha André Gomes na candidatura é composta pelo atual presidente da Associação de Hotéis e Empreendimentos Turísticos do Algarve (AHETA), Hélder Martins, pela presidente da Associação Portuguesa de Portos de Recreio e administradora da Vilamoura World, Isolete Correia, pela atual vice-presidente da RTA , Fátima Catarina, e pelo diretor do Aeroporto Internacional de Faro – Gago Coutinho, Alberto Mota Borges.
Renato Pereira, administrador do Jupiter Hotel Group, foi também apresentado como mandatário da candidatura. “O André é, no presente, a pessoa que pode levar esta casa na sua continuidade, dando uma voz e não esquecendo os que por aqui passaram. O André vai lutar pelo Algarve, a sua querida terra do coração”, partilhou.
Depois de trabalhar durante 10 anos na área do turismo em Portimão e os últimos cinco como diretor do núcleo de promoção, animação e informação turística da RTA, André Gomes decidiu candidatar-se à presidência daquela entidade.
Ao longo da sua vida foi dirigente da Juventude Socialista a nível local, regional e nacional, licenciando-se em Direito pelo Instituto Superior Manuel Teixeira Gomes, em Portimão.
André Gomes é filho de Isilda Gomes, presidente da Câmara Municipal de Portimão, e marido de Ana Varges Gomes, presidente do Conselho de Administração do Centro Hospitalar Universitário do Algarve (CHUA), factos que levaram o presidente do PSD/Algarve a falar em “nepotismo”.
O candidato é apoiado pelos autarcas algarvios do Partido Socialista.
O atual presidente da RTA, João Fernandes, deixará o cargo em junho, mês em que se realizarão as eleições.
João Fernandes foi eleito presidente da RTA em maio de 2018, derrotando nas eleições a candidatura do então presidente em exercício, Desidério Silva.
No mandato anterior, foi vice-presidente. A limitação a dois mandatos na Comissão Executiva das Entidades Regionais de Turismo levou João Fernandes a anunciar, em fevereiro, que não se recandidataria à presidência da RTA.
