Tech Hub Summit deixa Algarve a pensar em ‘unicórnios’ e em chegar além fronteiras

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Com o mindset certo, o Algarve tem potencialidades para se tornar “uma Silicon Valley”, capaz de criar ‘unicórnios’, e as suas empresas “têm vantagens únicas para apostarem na expansão para novos mercados”, como os Estados Unidos, ou a Alemanha, refere a organização do evento. Estas são algumas das conclusões do segundo dia do Algarve Tech Hub Summit, que decorrer até hoje, sexta-feira, no Campus da Penha, da Universidade do Algarve.

Esta quinta-feira foi dedicada às potencialidades de internacionalização das empresas e contou com a participação de oradores internacionais, vindos dos Estados Unidos, como Izzet Darendeli ou Aaron McDaniel, e da Alemanha, como Daniel Breitinger ou Remzi Aru.

A ideia é unânime: “o Algarve tem potencialidades enormes para se desenvolver enquanto região líder na inovação e na internacionalização das suas empresas”.

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Para o especialista Izzet Darendeli, para transformar o Algarve numa Silicon Valley, capaz de produzir ‘unicórnios’ “é preciso ter as pessoas certas e fazer as conexões necessárias. E este evento ajuda bastante nesse aspeto, porque estão aqui dos melhores especialistas mundiais nesta área. O facto de eles terem vindo, é revelador dessas potencialidades. Quando conhecemos a universidade, a vontade do município e o trabalho da Algarve Evolution, ficamos com a ideia que têm tudo o que precisam”, sublinhou.

Além disso, considera “vocês têm melhor clima do que nós, na Califórnia, e isso faz-me pensar que numa boa localização, como Faro, com boa comida, com boas pessoas, há enorme potencial”, afirmou. Potencial para acolher empresas tecnológicas, massa crítica e investimento, mas também para levar o que se faz naquele setor para outros países.

O empreendedor, autor e orador Aaron McDaniel, que apresentou as ideias-chave para a internacionalização e para a expansão de mercados, vê no Algarve e, em Portugal, “grandes vantagens”, apenas precisando do “mindset certo” para chegar mais longe.

“É mais fácil expandir para outros mercados a partir de um país mais pequeno, do que a partir de um país grande. Uma empresa que nasce aqui, tendo em conta a dimensão do mercado, deve nascer a pensar logo na expansão. No fundo, devem ser interpreneurs”, explicando que isso significa que estes são empreendedores com foco na internacionalização.

No painel dedicado à divulgação no mercado europeu, que abordou temas variados como a competitividade das empresas europeias no mercado global, ou inovação em áreas como o blockchain, ou as viagens do futuro, Daniel Breitinger realçou que “para competir no mercado global, temos de ser rápidos na transformação digital. Temos de pensar globalmente, para percebermos como manter a nossa economia competitiva, criando startups, para competir no mercado global. Temos de colaborar mais para isso”, vincou.

Se há potencial para a criação de ‘unicórnios’ no Algarve, este também existe para criar ‘zebras’. Mas o que são ‘zebras’? Wouter Hejnen explicou: “acho que devemos deixar de pensar apenas em unicórnios, é preciso assumirmos também a criação de ‘zebras’, empresas que crescem de forma natural, sem o foco no retorno dos shareholders, dando valor não apenas àquilo que és, mas àquilo que fazes”.

O segundo dia de Algarve Tech Hub Summit ficou ainda marcado pela apresentação de Gonçalo Hall, da Nomadx, que apresentou ideias muito concretas, baseadas na sua experiência na Madeira, que se transformou num dos destinos preferidos, a nível mundial para nómadas digitais, sobre como fazer crescer o Algarve enquanto destino tecnológico e de lifestyle.

A parte da tarde começou com uma verdadeira “declaração de amor” ao Algarve, por parte de um painel que contou com profissionais das tecnologias, de vários pontos do globo, que escolheram a região para viver e trabalhar, e prosseguiu com painéis dedicados às questões legais para constituir empresas em Portugal, às formas de financiamento e ainda à questão da propriedade industrial.

A Algarve Tech Hub Summit continua esta sexta-feira, num dia em que, entre outros temas, será abordado o futuro do setor das tecnologias, nomeadamente nas áreas da inteligência artificial, ou do marketing do futuro, bem como os desafios em várias áreas como a exploração espacial, a economia azul, ou o turismo.

Pode consultar aqui o programa.

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