Mais de uma dezena de representantes dos trabalhadores do setor do turismo manifestaram-se na quarta-feira, dia 27 de setembro, à porta da conferência que decorreu em Albufeira, no NAU Salgados Palace, anunciou o Sindicato dos Trabalhadores da Indústria de Hotelaria, Turismo, Restaurantes e Similares do Algarve.
Esta conferência foi promovida pela Confederação do Turismo de Portugal e pela Associação dos Hotéis e Empreendimentos Turísticos do Algarve, no âmbito do Dia Mundial do Turismo.
Durante a manifestação denunciaram os baixos salários, o flagelo dos vínculos precários e a desregulação dos horários dos horários de trabalho.
“Os trabalhadores não aceitam que o grande aumento das receitas que as empresas estão a arrecadar só esteja a servir para os patrões e os grupos económicos do sector aumentarem os seus lucros enquanto a maioria dos trabalhadores continuam a perder poder de compra e a empobrecer”, refere o sindicato em comunicado.
O Sindicato dos Trabalhadores da Indústria de Hotelaria, Turismo, Restaurantes e Similares do Algarve acrescenta que “o patronato queixa-se da falta de trabalhadores mas continua a recusar o aumento significativo dos salários e a melhoria das condições de trabalho e dos direitos. Na verdade o que o patronato quer é continuar a aumentar os seus lucros à custa do aumento da exploração e da degradação das condições de trabalho e de vida dos trabalhadores”.
“Para provar isso está o facto dos patrões em vez de aceitarem uma melhor distribuição da riqueza que é criada pelos trabalhadores opta por, com a ajuda do Governo, ir buscar trabalhadores a outros países onde a mão-de-obra é mais barata, ficando estes sujeitos a níveis de exploração ainda maiores que, assim que conseguem, acabam por ir embora à procura de uma vida melhor”, salienta.
Os manifestantes consideram que “é urgente” que o Governo “abandone a política de direita” e “revogue as normas gravosas do Código do Trabalho, principalmente a norma da caducidade das convenções coletivas de trabalho que continua a ser usada como uma ‘arma’ pelos patrões para fazerem chantagem com os sindicatos para estes aceitarem a retirada de direitos e para bloquearem a revisão das tabelas salariais”.