Selecionador não gosta de falar de sorte mas assumiu que o azar das bolas ao poste, do início ao fim do Euro, acabou por ter influência no desfecho final. Respostas aos críticos guardadas… para breve.
Portugal começou e acabou da mesma forma: a perder (depois da Alemanha, a Espanha), a atirar bolas ao poste (depois de Pepe e Nani foi Bruno Alves) e com Paulo Bento, de cabeça erguida, a defender o grupo de trabalho. Antes, como também foi normal durante três semanas de prova, fez um resumo objetivo do encontro frente à Espanha.
“Fizemos um Euro extraordinário, competimos de uma forma fantástica. Contra a Espanha, estivemos melhor durante os primeiros 90 minutos. No prolongamento não fomos tão eficazes, não conseguimos sair para o ataque e não soubemos aproveitar o espaço entrelinhas. Mas acho que podíamos ter resolvido o encontro nos primeiros 90 minutos”, lamentou, antes de deixar mais elogios aos jogadores nacionais: “Se há que perder de uma maneira, que seja assim. Agora vamos de férias, descansar do desgaste da competição e em setembro já temos o início da qualificação do Mundial. Com uma certeza – podemos competir contra qualquer equipa em qualquer momento”
A confusão Nani-Bruno Alves
Depois, os penáltis. Os jornalistas estrangeiros tentaram dissecar ao máximo o desempate por grandes penalidades. Paulo Bento lá repetiu umas respostas, admitiu que Ronaldo iria marcar o quinto e explicou que tudo já estava previsto e treinado desde… Óbidos.
“Houve uma pequena confusão mas a ordem já estava definida e era aquela. Decidimos, definimos – foi uma questão de opção, estratégia. Bruno Alves cansado? Isso estavam todos, é normal…”. E o penálti à Panenka de Sergio Ramos, mudou alguma coisa: “Não creio que tenha influência. Também tivemos vantagem quando o Rui defendeu o primeiro penálti, falhámos a seguir e perdemos essa vantagem. É mesmo assim”
Sorte, azar? Orgulho!
A resposta aos críticos foi adiada… para breve. Mas para já Paulo Bento lançou a primeira farpa. “Alguém me vai convidar para dar uma entrevista e colocarei o nome nas coisas. Mas não se preocupem, não serei mal-educado porque isso já tivemos o suficiente”, lançou.
Do árbitro, poucas palavras. “Talvez tenha apitado em demasia para tentar segurar o jogo mas não foi por aí”. Porque “o que fica é a forma como jogámos e competimos”: “Saímos tristes mas com um orgulho tremendo por sermos portugueses. Só por uma vez conseguimos fazer melhor do que as meias-finais mas conseguimos devolver o orgulho dos portugueses na seleção, demos grande felicidade, o que também é importante numa altura em que o povo português passa por grandes problemas. Todos temos orgulho em sermos portugueses!”
Jogadores pagos a peso de ouro e não ganham a ponta de um corno.