Comissão Europeia vai propor que os Estados-membros acolham cerca de 20.000 novos refugiados a cada ano, embora o número final possa ainda mudar.
A proposta da Agenda Europeia das Migrações, que deverá ser anunciada esta quarta-feira, foi revelada pelo site EUobserver e considera que “a União necessita de um sistema permanente para partilhar a responsabilidade por grande número de refugiados e requerentes de asilo entre os Estados-membros”.
Cerca de 80% de todos os pedidos de asilo são dirigidos a seis países da UE, com a maioria dos refugiados da Síria, por exemplo, a querer ir para a Alemanha ou a Suécia.
O sistema de quotas assim proposto vai depender do tamanho do Estado-membro, da sua população, nível de economia e de desemprego, e ainda do número de refugiados que já exista no país.
A Alemanha já se manifestou a favor desta proposta, que todavia suscita várias críticas a outros Estados. O sistema não seria aplicável ao Reino Unido, Irlanda nem Dinamarca.
Só este ano, cerca de 34.570 pessoas tentaram a travessia do Mediterrâneo para atingir as costas da Europa. Segundo a Organização Internacional para as Migrações, os principais países de origem foram a Eritreia (5388), Somália (3717), Nigéria (2789), Gâmbia (2099) e Síria (2091).
O plano militar
Esta segunda-feira, por sua vez, a alta representante para a Política Externa da União Europeia, Federica Mogherini, vai discutir no Conselho de Segurança das Nações Unidas o plano militar contra os traficantes no Mediterrâneo.
O plano prevê a “neutralização” das embarcações das redes de traficantes em águas territoriais líbias por uma força militar com comando italiano, mas com a participação de uma dezena de países.
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