Universitários mudam-se para Querença para inovar e empreender

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População da aldeia expectante perante projeto inédito.

Nascida no interior do concelho de Loulé, a aldeia de Querença prepara-se para receber um grupo de alunos da Universidade do Algarve que se comprometem a viver na aldeia, a perceber os problemas e potencialidades existentes e trabalhar soluções. Os promotores do projeto pretendem que esta análise possa fazer nascer novas ideias e soluções para a revitalização da aldeia através da criação de novos produtos e negócios

A aldeia de Querença vai receber até ao final do ano entre oito a dez alunos da Universidade do Algarve que irão abraçar um projeto-piloto que visa procurar soluções que promovam a revitalização das zonas do interior algarvio. “Promover o emprego de jovens licenciados em zonas rurais desfavorecidas, fixando a população jovem e revitalizando as aldeias do interior” é o principal objetivo destacado por António Covas, professor da Universidade do Algarve e membro da comissão técnica de acompanhamento do projeto.
Importa recordar que a aldeia de Querença é conhecida pelo seu património cultural, gastronómico e ambiental. Rodeada pela Serra do Caldeirão e pela zona protegida da Benémola, esta aldeia teve no passado um forte cariz agrícola que tem vindo a esmorecer com a saída dos jovens para os meios urbanos e à medida que os mais velhos deixam de poder trabalhar a terra. Esta é uma tendência que este projeto pretende inverter.

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Desafio: Regressar às origens e inovar

O projeto tem vindo a ser referido como uma espécie de reality-show onde os alunos participantes são desafiados a viver na aldeia, adaptar-se a um modo de vida diferente dos meios urbanos. O professor António Covas sublinha que esta não é a melhor expressão. “Não vamos fazer disto um espetáculo mediático, é uma simples ação-piloto sobre aprender a empreender”, sublinha.
No final deste desafio, todos poderão ganhar desde que saibam colocar o engenho e o conhecimento em prática e criar novos negócios e projetos que possam dar continuidade depois dos nove meses do projeto.

Participantes: oito a dez alunos universitários de formações académicas diferenciadas como por exemplo: Marketing, Gestão, Biotecnologia, Turismo, entre outras áreas. A prioridade está a ser dada a alunos da Universidade do Algarve, mas os responsáveis sublinham que tudo depende do resultado das entrevistas em curso e da qualidade dos entrevistados. “Queremos um grupo com um mínimo de qualidade técnica, disponibilidade e motivação”, sublinha António Covas.

Missão: Participantes deverão envolver-se na vida da aldeia, perceber as suas potencialidades, trocar conhecimentos e criar projetos empresariais numa perspetiva sustentável e de longo prazo.

Filosofia do projeto: Ação-piloto de problem-solving e investigação-ação: aprender, apreender e empreender no próprio local, através do contacto direto com os problemas e com a população. Promotores querem criar um Fórum Aldeia que promoverá uma interligação dos alunos com a população e que permitirá receber os conhecimentos e conselhos de quem conhece a terra.

Regalias: Durante o período em que integram o projeto, os participantes vão receber uma bolsa do Instituto de Emprego e Formação Profissional

Avaliação: Os jovens participantes vão ver o seu trabalho acompanhado por uma comissão local e uma comissão técnica de acompanhamento.

Expectativas: Promover a fixação de jovens com formação superior no interior algarvio e potenciar a criação de negócios que possam traduzir-se como mais-valia para a aldeia e potenciar os seus recursos, cultura e tradições.

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[peça publicada na integra na edição do Jornal do Algarve de 5 de maio]
JA/SCS
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