Utentes juntam-se contra encerramento da maternidade de Portimão

Esta maternidade de Portimão vai estar de portas fechadas durante 19 dias

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A Comissão de Utentes do Serviço Nacional de Saúde (SNS) de Portimão concentrou-se na quinta-feira, dia 9 de fevereiro, em frente ao hospital, manifestando-se contra o encerramento da maternidade no âmbito da operação “Nascer em Segurança no SNS”.

Esta maternidade de Portimão vai estar de portas fechadas durante 19 dias, entre janeiro e março deste ano, que a comissão considera ser o “resultado da falta de investimento no SNS das últimas décadas e a transferência das verbas do orçamento de Estado para os serviços privados que os Governos têm alentado”, segundo o comunicado.

“As mulheres, as crianças e toda a população não podem ficar reduzidos a uma maternidade no hospital de Faro para meio milhão de habitantes”, defende.

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A comissão afirma que os utentes de Aljezur e Vila do Bispo ficam a duas horas de distância do hospital de Faro quando a maternidade de Portimão está encerrada, que supostamente deveria servir os concelhos de Albufeira, Lagoa, Silves, Portimão, Lagos, Monchique e Aljezur e uma população de mais de 213 mil habitantes.

“Num país com baixas taxas de natalidade, em que o SNS é o verdadeiro e único garante de acesso à saúde por todos, independentemente da sua condição socioeconómica, este encerramento obrigará à deslocação das grávidas para outros hospitais mais distantes, quando existe um centro hospitalar que serve e deve servir para essa função, sem colocar em risco as mães e os seus bebés”, acrescenta.

Considerando que o encerramento da maternidade de Portimão “não é solução” e “é um crime contra as populações”, a comissão refere que “as crianças e as famílias da região do barlavento continuam sem resposta para que se assegure o seu direito a cuidados de saúde de qualidade e acessíveis. As crianças e bebés das terras do barlavento continuam sem a garantia de poder nascer e ser tratadas neste hospital”.

“Os utentes não são a favor deste retrocesso, e lutarão para que tal não aconteça. O Governo, o ministro da Saúde, e o diretor executivo do SNS têm de tomar medidas imediatas que resolvam todas estas questões a curto, médio e longo prazo”, exigem.

A comissão defende ainda que “planos de contingência, maior articulação entre urgências e concentração de profissionais em hospitais alternados não resolvem problemas estruturais de falta de médicos no SNS”.

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