Venda de livros aumentou 17,6% em Portugal

No segundo trimestre de 2022 foram vendidos 2.780.308 livros, correspondendo a um encaixe de 37,4 milhões de euros

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Entre abril e junho deste ano venderam-se mais de 2,7 milhões de livros em Portugal, o que representa um aumento de 17,6% face ao período homólogo de 2021, revelou esta semana a Associação Portuguesa de Editores e Livreiros (APEL).

De acordo com a APEL, que recorre a dados disponibilizados pela consultora GfK, no segundo trimestre de 2022 foram vendidos 2.780.308 livros, correspondendo a um encaixe de 37,4 milhões de euros.

Em termos de vendas, estes 37,4 milhões de euros representam um aumento de 19% face ao segundo trimestre de 2021. Entre abril e junho, o preço médio do livro fixou-se nos 13,46 euros, ou seja, 1,2% mais caro do que em período homólogo de 2021. No segundo trimestre deste ano, entraram em circulação no mercado 2.478 novos livros.

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Relativamente aos pontos de venda, 68,8% dos livros vendidos no primeiro trimestre foram escoados por livrarias, enquanto só 31,2% foram vendidos por hipermercados. Isto reflete-se igualmente nos valores de venda, já que 77,8% do total foi para as livrarias e 22,2% para os hipermercados.

De acordo com a APEL, em termos de exemplares, os livros mais vendidos no segundo trimestre foram de literatura infantil e juvenil, representando 36% do total de 2,7 de milhões de unidades, seguindo-se os livros de ficção (30,7%), os de não ficção (29,7%) e as campanhas/exclusivos (3,6%).

No entanto, em termos de vendas, os livros de não ficção representaram a maior fatia de encaixe, com 36,4% do total dos 37,4 milhões de euros, seguindo-se os de ficção (35%), os de literatura infanto-juvenil (27,6%) e os de campanhas/exclusivos (0,9%).

Em média, um livro de não ficção teve um preço de venda de 16,51 euros, o de ficção foi de 15,36 euros, o de infanto-juvenil 10,33 euros e, os de campanhas/exclusivos, 3,44 euros.

A GfK é uma entidade independente e faz auditoria e contagem das vendas de livros ao longo do ano. Segundo a consultora, em 2021, a venda de livros em Portugal cresceu 16,6% face a 2020, o que colocou o país entre os que mais subiram, no conjunto de nove países abrangidos por um estudo sobre a evolução do mercado do livro: Alemanha, Bélgica (Flandres, Valónia), Brasil, Espanha, França, Holanda, Itália, Portugal e Suíça.

Este estudo também já mostrava uma tendência em relação aos géneros escolhidos. Uma “proporção não negligenciável” de aumento das vendas globais no mercado deveu-se ao ‘boom’ da banda desenhada, principalmente de mangas e ‘manhwas’, que se mostra “imparável” e teve em Portugal um dos maiores ‘picos’ de vendas.

Dois anos seguidos marcados pela pandemia refletiram-se também na escolha de títulos pelos leitores, tendo-se verificado um importante aumento da procura de guias e de livros de não-ficção sobre saúde, conselhos sobre tópicos relacionados com a vida, psicologia e temas esotéricos.

Em dois terços dos países analisados, os livros infantojuvenis registaram aumentos ainda maiores do que o mercado livreiro no seu conjunto. Portugal foi um desses casos, com um aumento de receitas de mais de 21% nesse segmento literário.

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