595 euros para viver ou morrer, dependendo da maré

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Todas as semanas, as notícias são as mesmas: os barcos que viajam das costas turcas para a Europa, transportando ilegalmente refugiados, naufragam com frequência e levam consigo as vidas de dezenas, centenas, milhares de homens, mulheres e crianças. Muitas vezes, estas pessoas deixam a guerra, mas também a vida que até aí levavam, para trás, e partem numa destas embarcações pouco seguras à procura de um futuro melhor.

O elemento-chave em todo este processo é o contrabandista que organiza os barcos e os enche com migrantes – normalmente são demasiadas pessoas para pouco espaço e ainda menos segurança. A BBC foi descobrir mais e compilou os momentos mais arrepiantes de uma reportagem feita pelos olhos de quem deixa o seu país à procura do sonho europeu.

No vídeo, o jornalista conversa com o contrabandista que o está a tentar convencer a viajar numa das suas embarcações: “Estou mais preocupado com a sua segurança do que você”, assegura, para rematar: “Parte esta noite se a maré não estiver demasiado alta, se Deus quiser”.

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As imagens mostram o processo por que passa quem quer atravessar o mediterrâneo e chegar à Europa, das conversas com o contrabandista (“Não se afoga, tem colete salva-vidas”) às imagens da dura realidade que mostram barcos naufragados no meio do mar e pessoas a pedirem ajudam. O preço de tudo isto – de uma nova vida se houver sorte, muitas vezes de uma morte trágica – é revelado no final do vídeo: o homem pede 595 euros (650 dólares) a quem quer fazer a travessia; no verão, diz, organizava viagens para 700 pessoas por dia.

(Rede Expresso)

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